Mais de duas centenas de médicos de saúde pública queixam-se de condições de trabalho
Mais de 200 médicos de Saúde Pública de todo o país, entre os quais o presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública, Ricardo Mexia, assinaram um documento para alertar para as “assimetrias nos recursos disponíveis face às necessidades” da pandemia ou acusam que têm sido alvo de “sucessivos ataques à sua autonomia técnica atentatórios da sua dignidade profissional”.
O documento está dividido em sete pontos e como ponto de partida os subscritores garantem que “reforçam o seu absoluto empenho no combate à pandemia por COVID-19, ao lado dos cidadãos, abnegadamente e perante a enorme discrepância entre as necessidades crescentes e os recursos disponíveis”. Mas não deixam de se queixar de que vários dos seus direitos laborais têm sido atropelados e que “não deixarão de fazer prevalecer os seus direitos, usando, quando oportuno, todos os seus meios ao seu dispor”.
Os médicos alertam para a necessidade de materializar a “adiada ‘Reforma da Saúde Pública’”, defendendo que a pandemia tornou “ainda mais visíveis as insuficiências e lacunas numa área que nunca foi verdadeiramente alvo de investimento.” Entre as quais, carências em recursos humanos, instalações, equipamentos, ausência de sistema de informação.
Leia o documento a que o DIÁRIO teve acesso: