Madeira

PSD acusa executivo da Câmara de Santa Cruz de governar de "forma eleitoralista”

“Contrair empréstimos tendo saldo de milhões de euros é governar de forma eleitoralista”, critica PSD Santa Cruz

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O PSD Santa Cruz critica o executivo camarário e acusa-o de governar de forma eleitoralista. "O Executivo Municipal de Santa Cruz deixou mais uma vez evidente que gere os dinheiros públicos à luz dos seus interesses eleitoralistas, tanto mais quando afirma que tem um saldo de gerência bruto a transitar de 4 milhões de euros – que em termos líquidos representa cerca de 2,9 milhões de euros, segundo o mesmo – e não se lembra de ter recentemente endividado o Município, ao contrair um empréstimo de 2,2 milhões de euros, quando afinal tinha dinheiro”, acusa.

Os social-democratas criticam "a ilusão criada em torno da boa gestão desta autarquia, quando, na realidade, apenas está a hipotecar o futuro da população que aqui vive”.

“Perante estas declarações, apenas se pode concluir que, quando o Presidente do Executivo diz que nada deve e que tem tudo pago a fornecedores, está apenas a iludir a população de Santa Cruz, já que quando paga a fornecedores com verbas cuja origem está em empréstimos bancários, transfere a dívida a terceiros para o sector bancário”, diz o PSD, que faz questão de lembrar que “50% da dívida que o Município tem para com a banca foi contraída já no decorrer dos dois últimos mandatos liderados pelo atual presidente do Município de Santa Cruz”.

De acordo com o PSD, o procedimento correcto seria o de canalizar esse excedente para os fins a que solicitou o empréstimo, mas apenas para fins sociais, não aumentado assim o valor da dívida do Município em mais 2,2 milhões de euros, acrescidos de juros.

“Não faz sentido a Câmara Municipal ter esta verba e ter contraído, no ano passado, um empréstimo para amortizar em 20 anos, ao abrigo das facilidades concedidas pelo Estado no âmbito da pandemia – decisão sobre a qual o PSD não votou contra atendendo a que estava supostamente em causa o reforço dos apoios sociais no concelho – quando já sabia que teria saldo a transitar de valor superior a esse montante”, sublinham os Social-democratas, vincando que esta manobra de diversão, que hipoteca o futuro de Santa Cruz, "apenas pode ser entendida à luz de interesses políticos e partidários, em ano de eleições”.

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