Venezuela flexibiliza quarentena durante o carnaval mas sem cortejos
A Venezuela flexibilizará a quarentena preventiva da covid-19 durante a segunda e terça-feira de carnaval e a quarta-feira de cinzas, anunciou o Presidente Nicolás Maduro, sublinhando que não haverá concertos públicos nem cortejos no país.
"Decidi e assim anuncio (...) que na segunda 15, terça-feira 16 e depois na quarta-feira 17 de fevereiro vão ser dias de flexibilização ampla, por ser carnaval e quarta-feira de cinzas", disse.
O Presidente da Venezuela falava no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, durante um encontro com responsáveis pela "Grande Missão Quadrantes de Paz", um programa estatal de segurança.
"Não haverá concertos públicos nem caravanas como era costume nos municípios. Não. Ouçam-me bem, no marco da flexibilização segura que os nossos meninos e meninas podem brincar com os seus disfarces, desfrutar com os companheiros, com medidas de biossegurança", explicou.
Maduro enfatizou que se trata de uma flexibilização social, laboral, cultural e recordou que em dezembro de 2020 a Venezuela flexibilizou a quarentena preventiva da covid-19, durante um mês e que as pessoas puderam sair, celebrar o natal e o fim de ano.
"Temos um nível de controlo da pandemia muito melhor, muitíssimo melhor, que nos Estados Unidos, na Europa e no Brasil, que são países que se gabam que são os melhores no mundo", disse.
Desde o início da pandemia, a Venezuela contabilizou, oficialmente, 128.315 casos de doentes com o novo coronavírus e 1.209 mortes provocadas pela doença.
No entanto, segundo a oposição, o número de mortes no país é superior a 2.000.
A Venezuela está em quarentena preventiva desde março de 2020, aplicando atualmente um sistema conhecido localmente como "7+7", que consiste em sete dias de estrito confinamento, seguidos por sete dias de flexibilização.
Com o carnaval a Venezuela terá 10 dias contínuos de quarenta flexibilizada, desde a semana anterior.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.269.346 mortos resultantes de mais de 104,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.