Costa e Von der Leyen pedem mobilização da indústria europeia para produção de vacinas
O primeiro-ministro português e a presidente da Comissão Europeia escreveram aos líderes europeus para que envolvam a indústria para aumentar a capacidade de produção de vacinas contra a covid-19 e se preparem contra novas estirpes do coronavírus.
"Escrevi, com a presidente Ursula von der Leyen, aos chefes de Estado e de Governo da União Europeia a sublinhar a importância de combinar esforços e envolver a indústria para aumentar a capacidade de produção e o fornecimento de vacinas na União Europeia", revelou hoje António Costa na sua conta pessoal da rede social Twitter.
Na mesma mensagem, António Costa referiu que ele e Ursula von de Leyen também advertiram os chefes de Estado e de Governo europeus de que é "essencial apoiar as iniciativas da Comissão já em curso" para que os Estados-membros estejam "preparados face a eventuais novas estirpes deste vírus e futuros riscos de saúde pública".
Na terça-feira, o primeiro-ministro português reuniu-se com o presidente executivo da multinacional farmacêutica Astrazeneca, tendo recebido garantias de reforço da capacidade de produção de vacinas contra a covid-19 para cumprir o calendário de entregas na União Europeia.
Nessa reunião com Pascal Soriot, CEO mundial da Astrazeneca, segundo António Costa, esta multinacional "reiterou o compromisso" no sentido de "reforçar a sua capacidade de produção na Europa, de modo a cumprir o calendário de entregas de vacinas para a União Europeia".
"Cada dia de atraso no processo vacinação é um dia perdido e são vidas que se colocam em risco", observou o líder do executivo português.
De acordo com o primeiro-ministro de Portugal, país que atualmente presido ao Conselho da União Europeia, "a AstraZeneca vai fornecer à União Europeia nove milhões de doses adicionais da sua vacina anti-covid, num total de 40 milhões de doses no primeiro trimestre, um aumento de 30% em relação à proposta anterior da empresa".
O líder do executivo português acrescentou que continua "a trabalhar em conjunto com a Comissão Europeia, neste que é mais um passo na longa maratona pela proteção da vida e da saúde dos europeus".