“A situação é muito delicada” para ‘abrir’ já o Porto Santo
Presidente do Governo lembra o surto no rescaldo da Passagem de Ano
O Presidente do Governo Regional não embarca no desejo de quem defende a ‘abertura’ do Porto Santo nas férias da Páscoa, por considerar que a situação pandémica é ainda muito delicada.
Embora reconheça que no Porto Santo actualmente “o número de casos é residual”, Miguel Albuquerque recorda o que aconteceu na Passagem de Ano, para reforçar o pedido de cautela.
“É preciso ter atenção que bastou abrir aqueles dias onde um conjunto de população do Porto Santo veio durante o Fim do Ano aqui às festas, e tivemos logo um surto em Porto Santo. Portanto, a situação é muito delicada”, reforçou, à margem de visita a exploração agrícola no Funchal.
Desta forma Albuquerque não se compromete em aliviar as medidas em vigor, inclusive para o Porto Santo.
“Vamos aguardar, ver a evolução pandémica”, diz, cauteloso.
Assume que o momento é de expectativa, mas desde já avisa que nas regiões e países “que iniciaram o desconfinamento muito cedo ou fizeram o desconfinamento sem terem os dados correctos”, voltaram a aumentar o número de infecções. Dá o exemplo de Itália que “quando se começou a abrir o número de casos disparou imediatamente de forma exponencial”, “o mesmo está a acontecer em Inglaterra”, disse.
Argumentos para reiterar que não tem pressa em alterar as medidas em vigor, sendo certo que “nós não estamos em confinamento”, ao contrário do que acontece em Portugal continental. Admite que “era mais fácil fechar isto tudo”, convicto que “se fechasse isto tudo, ao fim de 15 dias, eu tinha dois casos na Madeira. Mas como tenho a economia a funcionar e tenho o Sistema de Saúde em contenção com a testagem, consigo gerir a situação”, justificou.
Argumentos para reforçar a necessidade de “manter na Região o recolher obrigatório”, medida diz ser “muito importante para a contenção da pandemia”, concretizou.