A petição

Há dias um companheiro de armas, significa, neste caso, que cumprimos serviço militar juntos, questionava-me se tinha assinado a petição a pedir a deportação do Mamadou Ba; respondi que não e que nem sequer me tinha dado ao trabalho de pensar nisso, pese ter retido algumas intervenções do activista político e agitador, seja lá isso o que for...

Alertado, resolvi documentar-me minimamente sobre a personagem e os seus “ feitos “, mais relevantes:

· Fez uma intervenção de “alto” nível, ainda que pouco higiénica, normal, infelizmente, em quem provém de países pouco desenvolvidos, como é o caso da Guiné-Bissau, chamando à Instituição P.S.P. e cito, ... “ bosta da bófia “. É feio, mas, não deixa de ser democrático. Se não fosse a Instituição ser servida por elementos de aprumo e educação irrepreensíveis, gostaria de ver se alguém e descendo ao seu nível, resolvesse chamá-lo por exemplo de “cagalhão falante” ou outras do mesmo teor, qual seria a sua reação e como se sentiria. Felizmente, pelo menos, publicamente, tal não aconteceu e o Sindicato da P.S.P moveu-lhe um processo, o que é muito bem feito e que pela celeridade da nossa Justiça lá para 2050 já terá sido despachado.

· Deu-se ao luxo de insultar de forma baixa e soez, o Tenente Coronel Marcelino da Mata, tão só o militar português mais condecorado, por feitos em combate e teatro de guerra, isso sim coisa para homens, e que se ainda cá estivesse, mesmo com 80 anos se calhar, seria suficiente para refrear a sua valentia e ousadia, bem como os excessos da sua língua suja. Fartei-me de procurar alguma referência e crítica, deste dirigente do sos racismo, em vida do Homem Marcelino da Mata, quando se podia defender e não encontrei nada. Pena, mas, deve ter sido por falta de tempo...

· Há dias acerca duma intervenção do deputado europeu Nuno Melo num programa televisivo da TVI24, e dando asas à sua apurada vocação democrática, chamou-o de fascistoide e cobardola, além de marialva trafulha, por este ser de um partido que sugeriu um dia de luto nacional pela morte do Tenente Coronel Marcelino da Mata e se ter “ atrevido “ a pensar diferente. Isto é a nossa democracia e o “nosso” país ...

Sinceramente, não fiquei fã da personagem, mas, fiquei esclarecido!

Telefonei ao meu Amigo e disse-lhe: - Não vou assinar a petição, mas, se este indivíduo é português, o que eu gostava muito, se pudesse, era deixar de ser.

Infelizmente, para mim é tarde e também por duas razões fundamentais:

- Houve momentos da minha vida em que tive orgulho de sê-lo.

- Aos 21 anos Jurei bandeira e assumi defender a Pátria, ainda com sacrifício da própria

vida.

Tive o privilégio de servir a Pátria e fui mobilizado para a Guiné, onde prestei serviço e tenho muita pena de este tipo de gente, não se ocupar de julgar, os autóctones da então Guiné que foram barbaramente e aqui sim, de forma cobarde, assassinados apenas por se considerarem portugueses e que lá os abandonámos e deixámos.

Tristemente, trocámos por “ isto “, ficámos do meu ponto de vista, muito mal servidos!

João Abel de Freitas