País

“Se a TAP é, hoje, uma companhia à deriva, a culpa é apenas do Governo de António Costa”

Quem o diz é o deputado social-democrata à Assembleia da República, Paulo Neves

None
“A única coisa que o Governo da República conseguiu, devido à sua falta de visão estratégica e ao seu fundamentalismo ideológico, foi transformar a TAP – que era uma grande transportadora aérea, sustentada em privados – numa pequena empresa pública que tem um custo de 2 mil milhões de euros até ao final deste ano, pago e suportado pelos contribuintes portugueses”.

A afirmação é do deputado do PSD Paulo Neves que, na audição que teve lugar na Assembleia da República ao Presidente da Comissão Executiva da TAP, Ramiro Sequeira, manifestou o seu desagrado perante aquilo que considera “a situação caótica em que a empresa se encontra mergulhada". A culpa, diz, é da "irresponsabilidade, falta de visão e fundamentalismo do Governo de António Costa”.

A este propósito, vincou, “a contradição na gestão e organização desta empresa" quando, por um lado, "se injectam milhares de milhões de euros para manter o seu funcionamento, cortam-se despesas sem critério" e, por outro, "em áreas fundamentais como a do pessoal ao serviço, as rotas ou mesmo as frequências e, ao mesmo tempo, se teima em manter vencimentos milionários a alguns profissionais".

Paulo Neves que, tecendo duras críticas à forma como a TAP tem vindo a posicionar-se nos últimos anos, não deixou de lançar um apelo a Ramiro Sequeira no sentido de que “algo seja feito para repor os níveis de qualidade, de bom serviço e a boa imagem que esta companhia detinha”.

O deputado eleito pelo PSD/M à Assembleia da República reiterou ainda a necessidade de haver "mais frequências para a Região, a preços mais competitivos", lembrando, ainda,  que ligações à diáspora "não devem ser esquecidas neste processo de reestruturação".