Madeira

Jesus Maria defende que UMa se abra ao mundo e que lute por fundos europeus

Candidatos a reitores da Universidade da Madeira participaram, esta manhã, em audição pública

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Jesus Maria Sousa, candidata a reitora da Universidade da Madeira, considera que a instituição deve abrir-se ao mundo, sem deixar de tirar proveito do facto de se inserir num meio pequeno. Além disso, compromete-se a lutar para que a UMa tenha acesso aos financiamentos europeus podendo mesmo recorrer a Bruxelas para tal.

A professora catedrática falava no final da audição pública, realizada esta manhã, e que ouviu os dois candidatos a reitores da Universidade da Madeira, cuja eleição acontece no próximo dia 12 de Março.

A candidata deixou claro que considera imperativo “a afirmação da identidade da Universidade da Madeira no plano regional, nacional e internacional”. “Nós temos de pôr a Universidade no mundo. Isto não quer dizer que seja uma universidade fechada sobre si própria. Não seja regionalista, mas aberta ao mundo”, disse.

Posto isto, apontou alguns desafios como a necessidade de se renovarem os docentes afectos a esta instituição de ensino superior. “Nós temos de começar na formação de futuros professores, que levam imenso tempo. Já estamos atrasados nesse percurso aqui para a região”, frisou.

Por outro lado, encara a universidade com a possibilidade de junção de várias áreas e de trabalho em comum. “Acho que podemos tirar partido da nossa pequena dimensão, juntando as áreas disciplinares de resolução de problemas. A pandemia não é só um problema de saúde. Nós podemos tirar partido do know-how dos vários departamentos e das várias faculdades para resolução de problemas económicos, sociais, psicológicos, projecções estatísticas… É possível sermos pequenos e usarmos isso como vantagem para criarmos uma task-force de aconselhamento às autoridades públicas”, defendeu Jesus Maria.

Quanto ao financiamento, acredita ser necessário lutar pelo mesmo e impedir que a Universidade da Madeira fique novamente de fora dos fundos comunitários. No quadro 14-20 a UMa ficou impedida de recorrer a fundos para modernizações administrativas, transformação digital e infra-estruturas. “Nós perdemos esse dinheiro. O que eu proponho é negociar. Penso que um reitor tem de ter essa missão política, em falar em pé de igualdade, em bater às portas certas… em fazer queixa à União Europeia por estarmos a ser discriminados nesse acesso aos fundos europeus”, disse.

“Há outros que perdemos por desconhecimento. É preciso sabermos onde ir buscar, é preciso procurar e ter uma equipa que saiba trabalhar nas áreas certas”, concluiu Jesus Maria.