MPT fala de "imunidade da política na saúde pública"
A Comissão Reinstaladora do MPT na Madeira emitiu um comunicado onde critica a imunidade da política na saúde pública da Região.
No documento assinado por Valter Rodrigues, o partido começa por indicar que "com o surgimento de um novo vírus que destruiu vidas, empregos, que fragilizou a já frágil economia e que levará muito em breve a incumprimentos crediticios com todos os aspetos negativos que tal acarreta ou pode acarretar". Indica ainda que " trazemos diariamente na mente as recomendações que nos são apresentadas, cumprimos com regras, máscaras e recolhimentos. Acolhemos os nossos emigrantes e estudantes à distância, com obrigatoriedade de apresentação de testes: à chegada e pouco depois"
"Fazemos malabarismo não só com as contas do fim do mês mas também com o teletrabalho enquanto supervisionamos adolescentes com aulas on-line. Deixamos para mais tarde as festas de Natal, fim de ano e Carnaval por respeito à segurança de todos nós", acrescenta.
"E depois vemos surgirem notícias de eventos públicos... realizados em unidades hoteleiras, com a presença de pessoas não residentes na Ilha, a quem pelos vistos não é pedido o isolamento profilático, a quem não é pedido segundo teste e cuja presença pode agravar os números que a tanto custo tentamos fazer descer", critica o MPT.
Valter Rodrigues afirma ainda "não se compreende que numa era digital se continue a trabalhar politicamente como se vivêssemos numa Madeira (ou num Portugal, ou numa Europa, ou num Mundo) de pre*pandemia...". "Os tempos mudaram e os eventos (políticos ou não) têm e acima de tudo devem se adaptar", indica.
"Exemplos recentes demonstram que eventos deste cariz levam ao incumprimento das recomendações, o calor do momento impele à não utilização de máscara, ao reduzir de cuidados, aos cumprimentos mais afetuosos". " Quando se pede ao mundo que recolha e se cuide há sempre quem tenha a ideia que é maior que o vírus, maior que a pandemia. São esses indivíduos que nos põem a todos em perigo e que nos fazem duvidar dos esforços até agora feitos. O exemplo... vem de cima!", termina.