A propósito de Marcelino da Mata!
Faleceu o Tenente Coronel Marcelino da Mata.
Nasceu na Guiné Bissau.
Pelas críticas que temos vindo a ouvir e a ler leva-nos a supor que o grande PECADO deste militar foi não ter acreditado nas intenções e nos atos dos então lutadores pela Independência das Províncias Ultramarinas Portuguesas (ou colónias, como lhes queiram chamar) e se ter colocado ao lado das Forças Armadas Portuguesas.
Só pode ser. Acusar Marcelino da Mata de sanguinário e de outros atos violentos, olvidando os tiranos e crápulas que os mesmo e piores atos praticaram e que mesmo depois de conseguirem as independências das várias Províncias ou colónias, prosseguiram a guerra,
virando as armas contra os seus próprios irmãos, perseguindo-os, oprimindo-os, fuzilando-os, espalhando a miséria, o terror e a morte, numa luta titânica e criminosa pelo PODER, onde se instalaram, criando fortunas pessoais e familiares de bradar aos céus, só pode partir de gente igual a eles, ou cegos por ideologias político-partidárias que têm cometido os mesmos crimes onde são governo em algumas partes do mundo.
Contudo, porém, quando surgem certas opiniões vindas de cidadãos comuns pouco nos incomoda, o que nos revolta e repugna é quando partem de indivíduos pagos pelo dinheiro das nossas contribuições e beneficiando dessa ignóbil lei da “imunidade” (nem o fascismo isso permitia) que lhes permite dizer o que querem, fazer o que entendem, mesmo que esteja em causa o nome e a reputação do país que lhes paga e sustenta.
Também nos fere a alma e a consciência quando certas declarações partem de uns tais antirracistas que, condenam mais um branco (português) chamar negro a um negro, do que milhares de negros serem alvo das mais hediondas explorações e criminosas brutalidades às mãos de (compatriotas) negros.
E, sobretudo, quando esses “protetores da raça negra “lhes foi dada guarida pelo nosso País, não sendo eles portugueses.
Concluindo, não sendo só estes, mas também outros indivíduos como estes, que proliferam um pouco por todo o País que estão a desacreditar a democracia e o socialismo, a fazerem com que 50% dos eleitores já não vão às urnas ou comecem a pensar em alternativas políticas capazes de despejarem o “caixote de lixo-politico ”de que, infelizmente, à sombra da Liberdade se tem vindo a encher no nosso País.
Resta-nos congratularmo-nos com as sublimes atitudes do Senhor Presidente da Republica, das Altas Patentes Militares, de muitos outros também militares e dos Partidos Políticos que souberam separar as águas e participar no funeral daquele que foi o mais condecorado militar do exército português.
A ele, pelo menos, ninguém pode imputar responsabilidades pelas vidas tristes, pobres e violentas a que aqueles povos têm sido submetidos após as respetivas independências.
Talvez ele pensasse, como muitos militares e civis pensavam, de que aquelas Províncias poderiam ser independentes, mas às mãos de gente que as transformasse em países evoluídos, com paz, com honestidade, com prosperidade, longe do ódio, da guerra, da ganancia e do oportunismo!
Juvenal Pereira