Emanuel Câmara quer que os agricultores possam trabalhar após recolher obrigatório
Presidente da Câmara Municipal do Porto Moniz pede ao Governo Regional que pense "em quem trabalha de sol a sol"
O presidente da Câmara Municipal de Porto Moniz, Emanuel Câmara, pediu a Miguel Albuquerque que crie um regime de excepção aos agricultores da Região, de forma a que estes possam trabalhar nos seus terrenos depois da hora do confinamento obrigatório.
A mensagem foi transmitida esta quarta-feira, por videoconferência, a propósito da reunião semanal entre o secretário regional da Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos, e todos os autarcas da Madeira. Na ocasião, Emanuel Câmara solicitou que o governante responsável pela área da saúde veiculasse a sua pretensão ao chefe do executivo madeirense, bem como ao secretário regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural.
"Sendo a actividade agrícola efectuada em espaço livre, sem ajuntamentos, os agricultores queixam-se de estarem a perder mais de uma hora de trabalho por dia, sendo esta questão importante não só para quem se dedica à agricultura a tempo inteiro, mas também para quem a exerce em horário pós-laboral, no segmento da agricultura familiar, como complemento do orçamento do agregado", explicou Emanuel Câmara, atendendo à importância da prorrogação do recolher obrigatório para os agricultores, "à semelhança do que já sucede para outros sectores de actividade".
Não será difícil às autoridades distinguir quem se encaminha para casa vindo do desempenho de actividade agrícola de quem se desloca por outro motivo qualquer. Contudo, seria conveniente que esta situação estivesse devidamente prevista em resolução do Conselho de Governo até para que se mostrasse que se pensa em quem trabalha de sol a sol e não propriamente pelo relógio. Emanuel Câmara, presidente da Câmara Municipal do Porto Moniz