Há 30 anos a Guerra do Golfo estava a chegar ao fim
No Canal Memória de hoje, veja o que foi notícia no DIÁRIO de 24 de Fevereiro de 1991
Há 30 anos, uma forte ofensiva terrestre lançada pelos Estados Unidos da América contra as tropas iraquianas estacionadas no Kuwait, marcava o final da chamada Guerra do Golfo, um conflito militar que havia começado em Agosto de 1990, liderado por Saddam Hussein, líder iraquiano que tinha decidido ocupar e anexar o referido território.
A edição do DIÁRIO de 24 de Fevereiro de 1991 dava honras de primeira página à ofensiva das tropas da coligação anti-iraquiana depois de Saddam ter ignorado o ultimato dado por George Bush, então presidente dos EUA, para o início da retirada das tropas iraquianas.
"A operação teve início à 1 hora da Madeira, menos de nove horas depois de ter expirado o prazo dado por Bush, gorando-se assim todas as tentativas diplomáticas para evitar a fase mais sangrenta da guerra. As primeiras notícias dão conta de que soldados iraquianos estão a render-se em «vasto número», de acordo com informações obtidas na frente de batalha, ao mesmo tempo que os «Marines» tomavam a ilha de Faylaka, ao largo do Kuwait. As tropas aliadas tentam cercar os iraquianos e desmantelar sobretudo a sua força de élite, que se supõe estar em Bassorá", escrevia o DIÁRIO há três décadas.
Depois desta ofensiva terrestre, Saddam Hussein rendeu-se quatro dias depois, a 28 de Fevereiro de 1991, e assinou um acordo unilateral de cessar-fogo. Antes, ainda mandou incendiar 700 poços de petróleo no Kuwait, provocando uma catástrofe ecológica sem precedentes, já que o fogo demorou oito meses para ser apagado.
Na edição de 24 de Fevereiro de 1991, o DIÁRIO noticiava ainda que um Golpe de Estado na Tailândia tinha feito instaurar a Lei Marcial e que o então presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, lançava avisos aos produtores de banana para a "loucura" com aquela cultura.
Na antecipação de mais umas eleições legislativas nacionais, marcadas para Outubro desse ano, o DIÁRIO noticiava que os dirigentes do PS-Madeira iam estudar a composição da lista de candidatos aquele acto eleitoral. "Mas existe já uma certeza: o conjunto de nomes terá de espelhar «o espírito de mudança que existe na Madeira, consubstanciado no número de independentes que têm surgido na área do partido», disse na altura ao DIÁRIO o então líder, Emanuel Jardim Fernandes.
Numa edição de domingo não faltou também uma edição da Revista que então era publicada e outros artigos de âmbito regional, nacional e desportivo.
Descarregue aqui a edição de 24 de Fevereiro de 1991.