Madeira decide esta semana se mantém ou não Festa da Flor em Maio
Secretário regional do Turismo e Cultura diz que o Governo está atento ao evoluir da situação pandémica, à vacinação contra a covid-19 e à viagens nos mercados emissores
A Festa da Flor está marcada para decorrer de 29 de Abril a 23 de Maio, sendo que um dos atractivos é o grande cortejo alegórico agendado para 2 de Maio. Contudo, face à situação pandémica, ao atraso na vacinação em vários países e às restrições nas viagens nos mercados emissores, a Madeira está a estudar se mantém ou não a realização do cortejo a 2 de Maio, o que poderá produzir efeitos neste cartaz turístico.
Isto mesmo foi revelado esta tarde pelo secretário regional do Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, à margem da apresentação dos catálogos 5, 6, 7 e 8 da colecção Madeira – Memórias fotográficas, que decorreu no Centro de Estudos de História do Atlântico – Alberto Vieira, no Funchal.
"Estamos neste momento a analisar essa circunstância, atendendo a todas essas limitações, aquilo que nos parece mais importante tem a ver com os processos de vacinação. Este atraso que se verifica de uma forma generalizada na Europa e também Portugal continental (...) e a procurar tirar daí informação para uma decisão sobre essa realização nessa data ou não", disse Eduardo Jesus.
"Neste momento está em aberto, mas está em estudo, está em cima da mesa para tirarmos uma decisão muito brevemente", adiantou.
E acrescentou que esteve esta manhã em reuniões em torno deste mesmo processo, para poder concluir e tomar uma decisão ainda durante esta semana.
Retoma será possível no segundo semestre
Sobre as perspectivas do Turismo, Eduardo Jesus diz que o Governo aponta que a retoma turística dar-se-á no segundo semestre deste ano, "existem alguns sinais da possibilidade de começar um pouco antes, mas tudo na dependência da evolução pandémica".
Tínhamos uma primeira indicação do mercado inglês para o princípio do mês de Maio, hoje as notícias internacionais indicam que essa perspectiva inglesa está para o dia 17 ou 18 de Maio, o que significa que há um adiamento sobre essa primeira visão. Eduardo Jesus, secretário regional do Turismo e Cultura
Lembra que o mercado alemão está ainda muito resistente à viagem de acordo com as orientações do próprio governo alemão de não recomendar viagens para o estrangeiro no Verão de 2021. "Portanto há um conjunto de constrangimentos que nos levam a ter sempre muita reserva naquilo que é perspectivar o futuro", ressalva.
Embora os sinais que nos trazidos, acima de tudo, pelas campanhas de vacinação que estão a ocorrer, quer nos mercados emissores, quer no mercado português, levam-nos a crer que será possível no segundo semestre deste ano, não havendo eventos extraordinários em cima de toda esta circunstância perfeitamente anormal, será possível esse relançamento e é ainda com esses dados que estamos a trabalhar. Eduardo Jesus, secretário regional do Turismo e Cultura
Distinção da APAVT ajuda a relançar destino Madeira
Conforme noticiámos esta terça-feira no dnoticias.pt, a Madeira foi eleita o destino preferido da APAVT 2021.
Madeira é Destino Preferido da APAVT 2021
É a terceira vez (segunda consecutiva) que o arquipélago recebe esta distinção da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT)
Sobre esta distinção, Eduardo Jesus começa por dizer que a Região obteve essa distinção para o ano de 2020 e 2021, algo que "nunca aconteceu na história da APAVT ter um mesmo destino repetido de um ano para o outro.
Isto significa por um lado um crédito grande que a Madeira tem relativamente à Associação Portuguesa das Agências de Viagens no sentido de insistir nesta preferência. Segundo: para nós é extremamente importante porque o mercado nacional tem uma importância grande no que é a procura pelo destino Madeira. Relembro que mesmo sob o efeito da pandemia, em Agosto do ano passado, tivemos mais hóspedes desembarcados do território nacional do que alguma vez tivemos num mês de Agosto. O que significa que pese embora estarmos sob o efeito da pandemia até conseguimos mais pessoas do território nacional do que nos outros anos em que não tínhamos a pandemia. Isso revela que é um mercado que responde muito rapidamente ao esforço promocional que é feito pela Madeira. Por várias razões. Primeiro porque é um mercado nacional do nosso próprio país, segundo porque é um mercado de proximidade e terceiro porque é um mercado que simpatiza com este tipo de oferta de experiências e de atributos que reconhece e que responde rapidamente. Eduardo Jesus, secretário regional do Turismo e Cultura
E diz que esta distinção é importante para a Madeira "porque é um ano em que precisamos de relançar o sector turístico e isso dá-nos necessariamente um posicionamento diferente junto do mercado emissor nacional".
"Naturalmente estamos a trabalhar com um programa atractivo e alargado de iniciativas, onde a proximidade dos operadores nacionais e um conjunto de acções que vamos desenvolver também junto deles para produzir aquele efeito que nós queremos que é a da procura nacional pela Região", expressa o governante.
Valorizar o património fotográfico
Sobre a apresentação dos catálogos 5, 6, 7 e 8 da colecção Madeira – Memórias fotográficas, edições da Direcção Regional do Arquivo e Biblioteca da Madeira e do Museu de Fotografia da Madeira – Atelier Vicente’s, que decorreu no Centro de Estudos de História do Atlântico – Alberto Vieira, Eduardo Jesus explicou que se trata de uma valorização do património cultural.
Vamos apresentar mais quatro volumes de uma colecção que temos vindo a fazer alusiva à fotografia da Madeira. Estas são colecções que evocam os fotógrafos que exerceram de forma profissional ou amadora aqui na Região Autónoma da Madeira ao longo de todo o tempo desde que a fotografia existe meados século XIX para cá e cujas colecções foram integradas no espólio que pertence à Região Autónoma da Madeira e que corporizaram doações ao Museu de Fotografia da Madeira. Eduardo Jesus, secretário regional do Turismo e Cultura
Lembrou que a Madeira tem quase 3 milhões de positivos e negativos que "fazem parte dessa grande colecção e a forma de ir dando a conhecer aquilo que existe é esta colecção".
Ao fim ao cabo evoca-se cada um destes fotógrafos, deixa-se uma pequena mostra do que existe e ao mesmo tempo promovemos uma colecção que, dado o seu interesse histórico, fica presente em cada uma dessas publicações. Temos o cuidado de não só de identificar esses mesmos registos, de catalogá-los, mas também de publicá-los em duas línguas. Existem estes mesmos livros, estas publicações em português e em inglês. Eduardo Jesus, secretário regional do Turismo e Cultura
Garante que a ideia é dar continuidade, sem qualquer limite, a todas as colecções. Agora a lógica é focar os fotógrafos. No futuro, as colecções pode evocar outras lógicas de abordagem quer seja espaços urbanos ou rurais, edificados ou não edificados.
Mas a lógica da colecção é continuar e desta forma fazer crescer esta que é uma oferta muito grande que a Madeira tem e que distingue a Madeira do resto dos outros territórios pelo facto de ter tido esta oportunidade de desde os primórdios da existência da Fotografia ter tido quem se entusiasmasse por esta actividade e registasse ao longo do tempo estas mesmas fotografias. Ao mesmo tempo revela também a grande preocupação que existiu ao longo deste tempo no que diz respeito à preservação destes registos e julgo que isso é um legado que fica para a História e que nos impõe esta responsabilidade de ir tratando de forma digital e não digital, mas promovendo sempre a divulgação deste espólio. Eduardo Jesus, secretário regional do Turismo e Cultura