Sara Cerdas preocupada com a proteção da biodiversidade na Madeira
A eurodeputada do PS Madeira questionou a Comissão Europeia sobre como esta está a acompanhar a abordagem que as regiões ultraperiféricas (RUP) têm desenvolvido em matéria de biodiversidade e quais os mecanismos que pretende desenvolver para garantir a conservação das espécies e ecossistemas, nomeadamente em zonas classificadas como Património Mundial Natural da UNESCO, como é o caso da floresta Laurissilva.
“A proteção da biodiversidade deve estar no cerne das políticas europeias e na ação local. Sabemos que 80% do potencial europeu em biodiversidade encontra-se nas RUP e, por isso, deve ser dada uma especial atenção a estas regiões, tendo em conta o seu valor acrescentado para o desenvolvimento de futuros programas estratégicos, por exemplo em matéria de energias renováveis, bem como a importância que o seu património único representa para Europa e para o mundo, sem esquecer que muitos setores económicos nestas regiões dependem diretamente e indiretamente da biodiversidade.”
Sara Cerdas defende que a Comissão Europeia deve disponibilizar apoios específicos para a conservação da biodiversidade nas RUP, mas aponta que “cabe também aos governos destas regiões dar continuidade, preservar a biodiversidade e impulsionar projetos que tenham como escopo a preservação dos ecossistemas e das espécies endémicas”.
Para a eurodeputada a manutenção da biodiversidade só é possível com pessoas e projetos que cuidem das serras, protejam a floresta e trabalhem os campos. “Com o passar do tempo verificamos, em especial na costa norte da Madeira, que os terrenos e as serras são ocupados por plantas invasoras, colocando em causa a biodiversidade existente, a floresta Laurissilva, e inclusive o aumento do risco de incêndios. Precisamos de mecanismos que protejam o nosso ambiente, que passem por combater o despovoamento, atrair e fixar mais população nestes concelhos, e impulsionar atividades ligadas à agricultura sustentável e à natureza.”
Sara Cerdas, membro da Comissão de Saúde Pública, Segurança Alimentar e Ambiente, tem estado atenta às matérias que envolvem a sustentabilidade ambiental, em especial com a agenda regional a ser marcada pelas críticas ao projeto “Caminho das Ginjas – Paúl da Serra”, considerado por 9 Organizações Não Governamentais de Ambiente (ONGA) portuguesas um atentado ao património natural da Madeira.