Os incompetentes acham que são incríveis
O direito à opinião é dos mais sérios direitos que a Liberdade nos concede.
Quando emito a minha opinião pessoal sobre o que quer que seja, não tenho a preocupação de escolher as palavras para agradar a ninguém. Uso algum humor, acompanhado de alguma ironia e até algum sarcasmo, porque entendo que ser bem humorado não se resume a rir e a palavrinhas doces. É como diz o outro - “rindo e brincando se vai chimpando”.
Li com agrado que a ACIT-Porto Santo (Associação do Comércio Indústria e Turismo de Porto Santo) levará a efeito durante o mês de Fevereiro uma Acção de Formação de “Atendimento ao público”. Desconheço se a participação na respectiva acção é de carácter facultativo ou não, mas acho que deveria ser obrigatório para todos os que, de alguma forma prestam serviço ao público e, de um modo particular, aos que exercendo em instituições públicas revelam alguma incapacidade no desempenho e muita falta de educação. Ter carteira não significa ter bagagem, do mesmo modo que um diploma de elevado nível académico não é sinónimo de educação.
Sabemos que, muitas vezes, os lugares são preenchidos atendendo a requisitos a que é alheia a competência,o que na práctica se traduz em mau/péssimo atendimento. Para além da falta de educação é dada informação incorrecta (na mesma secretaria cada funcionário tem uma versão diferente do mesmo assunto). Quando nos atendem com pérolas do género “o que vai ser, dona?”, “O que era?” “O que é que quer?” é sintomático do que acabo de descrever. Uma informação incorrecta ou pouco clara pode induzir-nos em erro e ser precursora de muitos danos, sejam eles pecuniários ou morais. No caso dos primeiros pelo incumprimento de prazos que devem ser escrúpulosa e atempadamente cumpridos. Como se não bastasse costumam brindar-nos com a sua petulância, olhando-nos com sobranceria onde está implícito o”Aqui quem manda sou eu, eu é que sei. “Claro que não se pode generalizar pois há os muito bons profissionais que não se encaixam neste perfil. São é poucos,para mal dos nossos pecados.
“Não posso proibir que os pássaros voem sobre a minha cabeça, mas posso impedir que façam ninho sobre ela.”
Madalena Castro