O Novo Hospital Público avança é preciso determinação e confiança
Os cidadãos compreendem a necessidade do Novo Hospital Público de gestão pública a ser construída em Santa Rita e ficam baralhados com os «troca tintas», fazedores de opinião e mais desagradados quando muita dessa dita opinião vem de deputados.
Vamos ser claros, só é política a decisão de fazer, de ampliar ou de deixar tudo na mesma fazendo o mínimo de manutenção. Isto é o exigido pela ACB, analise custo benefício, próprio de um Concurso Público Internacional com projecto totalmente executado pelo dono da obra. Diferente é o estudo de impacto económico e financeiro das parcerias público privadas sejam só para construção seja também para gestão incluindo clínica (hoje abandonada).
Pelo acima referido as asneiras do deputado que atacava no parlamento as PPP e depois saia de lá sem ouvir a resposta, só admitimos isso como má fé. Onde construir o Novo Hospital? Em Santa Rita, obviamente porque o projecto existente até á fase de projecto base/anteprojecto estava implantado naquele local e mais de 13% dos terrenos já estavam expropriados.
Fiquei isolado no segundo grupo de trabalho, tendo ficado em acta que eu entendia ser recuperável o projecto, o que veio a acontecer. Poupamos com isso 3,5 milhões de euros no projecto e 3 anos na abertura do Hospital. Firme foi João Faria Nunes ao agradecer o trabalho feito até aí, diga-se muita parra e pouca uva e nomear um grupo de trabalho, que trabalhou intensamente com os Projectistas da Aripa, com o Such e a Consulgal .
Foram consultados todos os directores se serviço, os responsáveis de enfermagem e outros técnicos superiores. Esse trabalho foi único no País, muitas das ideias foram consideradas, melhorou-se o Programa Funcional e teve-se em consideração a condição insular.
Deixaram-se áreas de reserva construída para outro TAC ou MNR bem como uma área para investigação cientifica, colaboração da Uma e investigação internacional bem como externalidades.
Fez-se ACB análise custo benefício coordenado pelo Prof Telmo do ISEG, em 3 meses quando a proposta da ENSP custava o dobro, seria feito em 6 meses, e o SESARAM teria de pagar ajudas de custo e estadia durante 40 a 70 dias de técnicos aqui na Madeira. Poupou-se cerca de 200 mil euros.
Fez-se estudo de impacte ambiental tal como de início afirmei da sua necessidade, e tinha sido contrariado por um organismo da SRA.
Em 2016 fez-se a candidatura PIC, projecto de interesse Comum, que foi chumbado estupidamente pelo CAPF, Conselho de Acompanhamento das Políticas Financeiras, não aceitando todas as respostas que lhe foram prestadas.
Foi o CAPF que exigiu à RAM a avaliação dos actuais Hospitais, Nélio Mendonça e dos Marmeleiros .Trabalho efectuado por peritos independentes e de acordo com o código do IMI.
Ficou feliz o deputado do BE , que escreveu: o projecto não reúne as condições mínimas para ser considerado como tal por inexistência de um plano estratégico a curto e médio prazo… este deputado também defendia o chamado Hospital Prebel como outro deputado do PND, tudo gente sábia!
A RAM trabalhou intensamente com os Bancos ECB e BEI para obter parte do financiamento do Novo Hospital na parte do custo a pagar pela Madeira tendo sido fornecido todos os dados possíveis.
Este grupo de trabalho teve colaboração empenhada e experiente do Garcês da VP e do jovem Roman, da SRS, Mário Rodrigues, da Fabrícia e sua equipa, Miguel Pestana, Franco, Eduardo e eu próprio respondemos a tudo o que foi solicitado.
Em 2017, não se fez a candidatura PIC, porque António Costa prometeu à saída da Quinta Vigia que iria pagar 170 milhões de euros, que era metade do previsto na altura.
Em 2018 nova candidatura PIC, tinha sido alterada a composição dos membros do CAPF, a partir daí as coisas tornaram-se mais fáceis, embora da parte da RAM não tenha sido ainda feito o ACB e o estudo de impacte ambiental.
Em 23 de Outubro de 2018 todos os estudos sobre o Novo Hospital foram entregues à SREI que gere todo o processo de construção e espero não seja autista, fazer estradas não é construir hospitais. É preciso dar «corda nos sapatos», cada dia de atraso mais caro ficará a aquisição dos equipamentos e urge evitar derrapagens.
Todos nós nos lembramos de um deputado socialista afirmar, que Hospital maior o HLO, foi mais barato que hospital menor o HCM. Que fique claro que ainda nem se sabe a decisão do júri de quem vai ganhar a empreitada do HLO.
O novo Hospital de Lisboa Oriental, que é uma PPP infraestrutural está em análise duas propostas , porque as outras foram acima da base de 334,5 milhões de euros. O melhor preço é 293 milhões para uma área de construção de 221 mil metros quadrados , num terreno plano sem praticamente espaços exteriores e o anel de segurança são as ruas existentes.
Se juntarmos os custos de insularidade , da diferença nos salários e transportes de materiais o valor previsto da Madeira não está empolado, ao contrário do deputado do CDS que afirmou que havia 104 milhões para luvas e logo teve o apoio do deputado do PS, isto claro do governo anterior de Albuquerque.
Estou feliz e só por isso, por ser coerente como técnico e como militante do PCP desde 1970, defender sempre um Novo Hospital da Madeira. Não desisti nem desisto, mesmo que ponham tijolos a arder nas minhas mãos. Estou feliz por saber que o PCP Madeira convenceu o PCP ao nível Nacional para que o financiamento da República seja de acordo com a candidatura PIC ,ou seja, não descontar parte do valor do HNM e dos Marmeleiros
E por fim desejo a Pedro Ramos que não tenha desalento neste combate e que não deixe para os outros os louros de quem trabalhou consigo. Cuidado com as fotos enganadoras.