Madeira

Menos verbas para habitação social e mais para empresas é o pedido do Chega-Madeira

Foto Rui Silva/Aspress
Foto Rui Silva/Aspress

O partido Chega-Madeira desafiou, esta tarde, através de comunicado, o Governo Regional a rever as prioridades para aplicação das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência, criticando os valores destinados à habitação social e considerando insuficiente o montante reservado para o apoio às empresas.

“O Governo regional criticou o facto da Região Autónoma dos Açores receber mais 67 milhões em relação à Região Autónoma da Madeira mas se for analisada com atenção a gestão prevista dos 691 milhões de euros [o valor que consta do Plano é de 561 milhões] que competem à Madeira, levanta algumas dúvidas em relação às prioridades desta governação”, observa a representação regional do referido partido, que é liderada por Fernando Gonçalves.

No entender do Chega-Madeira, o investimento de 136 milhões de euros na habitação social “não é muito claro” e representa “uma medida populista para angariação de votos”. Além disso, sublinha que “os inquilinos afetos ao IHM têm uma dívida de 19 milhões de euros para com o instituto”, o “que parece não incomodar” o respectivo conselho de administração.

Por outro lado, o Chega constata que “para as empresas irão apenas 162 milhões de euros”. “Parece-nos muito pouco este montante. Aqueles que geram emprego e que fazem a economia mobilizar são os menos valorizados, tendo em conta a gestão de fundos admitida pelo Governo Regional. Lembramos ao Governo Regional que a manutenção das empresas e dos postos de trabalho será de vital importância para o desenvolvimento da economia regional. Se os ignorarmos, iremos ter mais desemprego, mais pessoas dependentes do estado, menos desenvolvimento e menos saúde financeira”, lê-se na nota partidária, que sugere ao executivo de Miguel Albuquerque um aumento do valor destinado às empresas e trabalhadores independentes e que o respectivo processo de atribuição seja menos burocrático e mais célere.

O Chega também se pronuncia sobre um suposto montante de “cerca de 100 milhões de euros que será aplicado na ampliação do porto do Funchal” e que, no entender deste partido, não é um investimento prioritário. Acontece que tal investimento foi reivindicado pelo Governo Regional mas não consta do Plano de Recuperação e Resiliência.