PS defende Comissão de Acompanhamento do PRR na Madeira
Socialistas esperam que o Plano de Recuperação para a Madeira não seja “uma oportunidade perdida"
O líder parlamentar do PS Madeira questiona o planeamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) apresentado pelo Governo Regional, e afirma que o mesmo é “praticamente todo investido na Administração Pública Regional”. Miguel Iglésias considera que há aspectos a aperfeiçoar neste documento e adianta que o PS Madeira irá participar activamente na melhoria do mesmo.
Tal como avança o DIÁRIO na sua edição impressa, os socialistas propõem a criação de uma comissão de acompanhamento que tenha não apenas representantes da Assembleia Regional e do Governo Regional, mas também da sociedade civil, da universidade, do sector educativo, da saúde, do sector empresarial, entre outros, numa comissão que deverá ser presidida por uma personalidade independente e que acompanhe este plano até ao fim da sua execução que se prevê em 2026.
“Esperamos que o plano de recuperação para a Madeira não seja uma oportunidade perdida”, refere Miguel Iglésias, destacando a importância destas verbas para o futuro da Região, nomeadamente na superação dos efeitos nefastos que a pandemia está a ter na economia.
“Efectivamente, o que observamos é que os 561 milhões de euros que o Governo Regional definiu é praticamente todo para reencaminhar para a Administração Pública”, adianta o líder parlamentar, frisando que não vê neste plano qualquer apoio directo à recapitalização das empresas, como fez a Região Autónoma dos Açores que alocou 20% da verba para a capitalização e capacitação das empresas açorianas, considerando que este exemplo, aplicado na Região, seria “uma mais-valia para o tecido empresarial”.
Por outro lado, sublinha a falta de apoio ao poder local que não é contemplado no PRR apresentado pelo Governo Regional, focando em particular os concelhos do Funchal e de Santa Cruz que representam a maior fatia da população da Madeira.
Miguel Iglésias diz que há “conclusões políticas” que importa retirar deste plano que o Governo Regional submeteu ao Governo da República e ao Ministério do Planeamento.
O líder parlamentar recorda os dados estatísticos que não abonam nada a favor da Região, para reforçar a necessidade premente de se aplicar corretamente as verbas que a Madeira irá receber da União Europeia.