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Alto diplomata chinês apela a melhoria das relações com os Estados Unidos

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O mais alto quadro da diplomacia chinesa apelou hoje a melhores relações com os Estados Unidos, ressalvando que Washington deve "respeitar efetivamente a posição e as preocupações da China na questão de Taiwan".

O chefe do gabinete do Partido Comunista para os assuntos externos, Yang Jiechi, disse que os dois países têm diferenças entre si, mas que não devem permitir que isso atrapalhe as relações.

Em comentários no influente Comité Nacional dos EUA sobre as relações bilaterais, Yang deu continuidade ao tom positivo que a China está a adotar em relação à nova administração norte-americana, após um deteriorar das relações, durante o mandato do ex-presidente Donald Trump.

As relações deterioram-se rapidamente, face a uma prolongada guerra comercial e disputas sobre o estatuto de Hong Kong ou Taiwan, ilha que Pequim considera ser uma província chinesa, apesar de atuar como entidade política soberana.

"A China e os Estados Unidos são dois grandes países com histórias, culturas e sistemas diferentes e, portanto, têm diferenças em algumas questões. É crucial geri-las adequadamente e não permitir que interfiram no desenvolvimento geral das relações bilaterais", disse Yang, numa intervenção via vídeo.

Os EUA devem "respeitar o princípio de uma só China e respeitar efetivamente a posição e as preocupações da China sobre a questão de Taiwan", disse Yang.

O tom positivo alimenta a perceção de que os líderes chineses esperam um novo início nas relações e um discurso mais civilizado com Washington, apesar das profundas divisões.

Os EUA acusam a China de usurpar propriedade intelectual e condenam as políticas de Pequim para as regiões do Tibete, Xinjiang e Hong Kong.

A China ressente-se ainda do apoio dado pelos EUA a Taiwan, juntamente com a presença militar norte-americana no Mar do Sul da China.

A nomeada de Biden para embaixadora nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, designou na semana passada a China como "adversário estratégico" que ameaça o mundo, e expressou pesar por um discurso que fez, em 2019, no qual elogiou as iniciativas da China em África sem referir abusos dos Direitos Humanos.

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