PS diz que Calado é figura dispensável na revisão da Lei das Finanças Regionais
É uma reacção dura do PS-Madeira às declarações proferidas esta tarde, pelo vice-presidente do Governo Regional, Pedro Calado, durante a sua audição na comissão parlamentar para ‘Aprofundamento da Autonomia e Reforma do Sistema Político’, onde abordou a revisão da Lei de Finanças Regionais.
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O vice-presidente do Governo Regional, Pedro Calado, aproveitou, esta manhã, a sua audição na comissão parlamentar para ‘Aprofundamento da Autonomia e Reforma do Sistema Político’, para defender a revisão da Lei de Finanças Regionais (LFR) e acusar a liderança do PS-Madeira de “desonestidade política” e “ter uma cara de pau do tamanho do mundo“ por “acordar em Janeiro de 2021” para a “grande injustiça” de um diploma que, desde que foi alterado pelo Governo de José Sócrates em 2007, provocou “mais de 1.000 milhões de euros de prejuízo”.
O vice-presidente do Governo Regional, Pedro Calado, foi o protagonista de mais um momento infeliz do seu pecúlio pessoal ao dedicar a sua ida esta sexta-feira à Assembleia Legislativa Regional a gritar e insultar a oposição e em não discutir o que realmente importa: contribuir para um consenso em torno de uma nova Lei das Finanças Regionais. Esta postura não surpreende e só vem confirmar que Pedro Calado não está à altura das funções que deveria desempenhar. Miguel Iglésias, presidente do Grupo Parlamentar do PS-Madeira
Diz o líder parlamentar que se esperava do número dois do executivo regional "muito mais do que gritos e palavras vãs e, acima de tudo, esperava-se que se preparasse minimamente para esta reunião, em vez de criar cortinas de fumo desnecessárias".
Diz Iglésias que só isso pode justificar Pedro Calado não referir que a Lei das Finanças Regionais que se encontra em vigor foi aprovada em Setembro de 2013 pelo Governo PSD/CDS, liderado por Passos Coelho. "Falar a verdade teria poupado ao ridículo de invocar um diploma de 2007, que há muito já não se encontra em vigor", acusa Iglésias.
Seguindo a mesma linha de pensamento, o socialista diz que "também teria sido útil tanto a Pedro Calado como a alguns deputados do PSD conhecer o regimento da ALRAM e saber a composição da Comissão Eventual que reuniu hoje, antes de fazer comentários infelizes sobre a representação parlamentar do PS Madeira nesta reunião, que esteve totalmente presente embora claramente desrespeitada".
A presença de Pedro Calado na ALRAM redundou numa total irrelevância para o debate em curso. O PS Madeira reafirma que importa ter outra postura política e colocar de parte as clivagens partidárias. Da sua parte, continua e continuará empenhado em obter um consenso alargado em torno desta matéria, com uma base de entendimento sólida que leve à revisão da Lei das Finanças Regionais e em fazer mais pela Autonomia e pelos madeirenses e porto-santenses. Miguel Iglésias, presidente do Grupo Parlamentar do PS-Madeira
E recorda que o PS-Madeira apresentou em Janeiro os princípios e as propostas que levarão o partido a negociar os termos da revisão da Lei.
"Consideramos que as ideias do grupo parlamentar do PSD entretanto lançadas vão ao encontro das nossas posições", adianta.
Elogios a Albuquerque e a Cafôfo
"Louvamos igualmente a disponibilidade de Miguel Albuquerque para consensualizar juntamente com o presidente do PS-Madeira, Paulo Cafôfo, uma estrutura de missão que negoceie junto do Governo e Assembleia da República, bem como dos órgãos próprios da Região Autónoma dos Açores, a revisão desta legislação", afirma Iglésias, deixando uma última farpa: "Apenas Pedro Calado está a leste deste processo".