Nuvem de poeira do deserto do Saara deverá sobrevoar a Europa no fim-de-semana
Uma nuvem de poeira do deserto do Saara deverá sobrevoar a Europa novamente neste fim-de-semana, segundo o serviço europeu de observação atmosférica Copernicus, que desconhece se será visível a olho nu como no início de fevereiro.
No primeiro fim de semana de fevereiro, o céu ficou tingido de amarelo ocre, em particular no sul e no leste de França, quando uma nuvem de poeira das tempestades de areia na Argélia passou, arrastada pelos ventos do norte.
Um episódio que também levou a uma deterioração significativa da qualidade do ar nas regiões sobrevoadas.
Uma nova nuvem "grande" e "densa" de poeira saariana está a mover-se para o norte e "deve afetar partes da Europa no fim de semana e no início da próxima semana", referiu hoje o serviço Copernicus num comunicado.
O volume principal deverá se concentrar no leste da Espanha e no norte da França, mas a nuvem pode chegar até à Noruega.
"Observamos eventos semelhantes nas últimas semanas com impactos significativos na qualidade do ar nas regiões afetadas", considerou Mark Parrington, diretor científico do Copernicus.
"Acreditamos que será o caso também para o próximo evento, embora ainda não seja certo até que ponto a nuvem será visível a olho nu", observou.
"As nuvens de poeira do deserto podem causar céus vermelhos, visibilidade limitada ou manchas em carros e janelas com depósitos de poeira, mas esses impactos são difíceis de prever quantitativamente com quatro ou cinco dias de antecedência", acrescentou o serviço europeu de observação atmosférica.
O Copernicus, por outro lado, já prevê uma degradação da qualidade do ar em Espanha, França e talvez no Reino Unido, Países Baixos, Bélgica e Luxemburgo, alertando para o impacto desta poeira nas vias respiratórias e depósitos no solo especialmente para empresas.
A nuvem anterior passou pela Europa entre 04 e 08 de fevereiro e resultou na deposição de vários microgramas de partículas por metro quadrado em grande parte do sul da Europa, uma quantidade "várias centenas de vezes maior" do que a média, disse o serviço Copernicus.