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A Universidade da Madeira no contexto pós-COVID

A UMa não quer deixar de dar a sua contribuição no apoio à região e ao país, principalmente na sua vertente económica

A Universidade da Madeira (UMa) teve, em março do último ano, um processo de adaptação repentino, à semelhança de outras tantas instituições e famílias, necessário para manter as suas atividades letivas e de investigação. A preocupação principal era (e é) garantir a sua Academia como um local seguro, aderindo às recomendações lançadas ao longo dos vários períodos desta pandemia, pelas autoridades de saúde. Em paralelo, e também fundamental, foi minimizar as consequências da interferência criada para o desenrolar das suas atividades. A componente letiva teórica, em grande parte, passou para o online e as outras atividades, seja pela necessidade de acesso às instalações, seja por ter uma componente mais presencial, tiveram um planeamento mais complexo, mas, cremos, a UMa, com o esforço e compreensão dos seus alunos, docentes e funcionários, conseguiu escolher os caminhos adequados para não interromper os estudos e as investigações, minorando assim os problemas causados pela pandemia.

Neste momento, apesar de ainda vivermos a pandemia, cada vez mais temos de refletir e, desde cedo, atuar com vista ao período pós-pandemia, e a UMa não quer deixar de dar a sua contribuição no apoio à região e ao país, principalmente na sua vertente económica. A UMa irá estar presente, nas áreas da sua atuação, para potenciar oportunidades de recuperação e melhoria, colocando-se, nomeadamente, ao dispor para aumentar a oferta formativa, principalmente nas áreas da reconversão de competências, nas áreas profissionais, sempre com um foco claro na melhoria das condições de empregabilidade de quem acede às nossas formações e na resposta às necessidades indicadas pelas empresas da região. Já no início deste ano letivo a UMa arrancou com novos cursos técnicos profissionais, estando a oferta atual em 13 cursos deste nível, e estando neste momento a considerar novas ofertas neste e em outros graus.

Uma preocupação sempre presente, e que condiciona a capacidade da UMa para atuar ainda mais, é a clarificação do acesso aos novos programas de financiamento, fulcrais para a estratégia da UMa para os próximos anos. A requalificação energética, a internacionalização, as novas residências universitárias e, cada vez mais central, a transformação digital, são exemplos de iniciativas baseadas nos modelos de financiamento europeus e nacionais e sobre o quais a UMa ainda não tem a confirmação de poder concorrer, mantendo uma situação de profunda injustiça, visto muitas entidades análogas terem essa possibilidade. Esta situação não poderá se repetir por mais 7 anos (último quadro comunitário), retirando à UMa mecanismos e recursos fundamentais para poder realizar a sua função em condições de igualdade com instituições congéneres.

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