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Vacinação começou hoje na África do Sul

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O Presidente sul-africano e alguns profissionais de saúde começaram hoje a ser vacinados contra a covid-19 e receberam a vacina da farmacêutica Johnson & Johnson, num hospital da Cidade do Cabo, noticiou a televisão sul-africana.

Os primeiros quatro enfermeiros, dois homens e duas mulheres, integram um primeiro grupo de 14 profissionais de saúde vacinados no hospital distrital de Khayelitsha, arredores da Cidade do Cabo, segundo um porta-voz do Ministério da Saúde.

As autoridades de saúde sul-africanas estimam vacinar 80.000 profissionais de saúde nas próximas duas semanas, nas nove províncias do país durante a primeira fase da operação sanitária.

O Presidente da República, Cyril Ramaphosa, e o ministro da Saúde, Zweli Mkhize, foram também vacinados com a mesma vacina no final da manhã de hoje na unidade de saúde pública, em Khayelitsha, logo após a vacinação dos primeiros profissionais de saúde, evento que foi transmitido a partir do local pelo canal público SABC.

"Acabei de ser vacinado, estava um pouco ansioso, mas tudo correu muito bem. Este dia representa um marco na história do nosso país, finalmente as vacinas chegaram e a vacinação começou", declarou o chefe de Estado sul-africano.

"Fiquei muito contente por ter visto cinco pessoas a serem vacinadas antes de mim e apelo a todos a vacinarem-se também para que possamos estar todos em segurança", salientou Ramaphosa, anunciando que "o programa de vacinação está já em curso no país".

"Estou agora confiante que vamos poder vacinar cerca de 40 milhões de sul-africanos e apelo a todos a ter fé nos nossos profissionais de saúde e no nosso sistema nacional de Saúde, que é robusto", frisou o Presidente sul-africano.

Ramahosa sublinhou que a sua vacinação e a do seu ministro da Saúde, Zweli Mkhize, que recuperou da doença da covid-19, teve por objetivo "demonstrar confiança" na vacina desenvolvida pela farmacêutica norte-americana Johnson & Johnson.

"Estamos satisfeitos por poder começar a vacinação, apesar de a vacina AstraZeneca que adquirimos para esse fim ter se mostrado pouco eficaz contra a variante 501Y.V2 que é atualmente dominante na África do Sul", referiu o Presidente da República da África do Sul.

O primeiro lote de 80.000 vacinas da farmacêutica norte-americana Johnson & Johnson chegou na noite desta terça-feira ao aeroporto internacional OR Tambo em Joanesburgo, segundo a presidência sul-africana.

Um porta-voz presidencial acrescentou que as vacinas foram distribuídas durante a noite com a ajuda de militares para 17 centros de vacinação nas nove províncias do país.

A Presidência da República anunciou que a vacina da Johnson & Johnson foi aprovada pela Autoridade Reguladora de Produtos de Saúde da África do Sul (SAHPRA, na sigla em inglês).

"As vacinas vão ser distribuídas em lotes de 80.000 para esses 17 locais nas primeiras duas semanas e, depois, passaremos à próxima fase, onde teremos como alvo mais pessoas da população", explicou à imprensa a especialista em doenças infecciosas Linda-Gail Bekker da Universidade do Cabo (UCT, na sigla em inglês).

Por seu lado, a presidente da Associação Médica da África do Sul, Angelique Coetzee, adiantou que a primeira fase do programa de vacinação "irá abranger dois terços do setor público e um terço do setor privado" de saúde.

O ministro da Saúde disse na terça-feira, no parlamento, que a África do Sul assegurou a aquisição de nove milhões de vacinas da Johnson & Johnson, e que tem previsto receber outras 500.000 de doses da mesma vacina nas próximas quatro semanas, e 20 milhões da Pfizer no final de março de 2021.

O Governo sul-africano pretende vacinar 67% da população até ao final do ano, segundo o ministro da Saúde.

A África do Sul, que cumpre hoje o 328.º dia de confinamento contra a covid-19 decretado pelo Governo, conta com 48.855 casos positivos ativos de infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.

O total de infetados pelo novo coronavírus desde o início da pandemia é de 1.494.119 e 1.396.951 pessoas recuperaram da doença, representando uma taxa de recuperação de 93,5%, segundo as autoridades da saúde sul-africanas.

Desde o início da pandemia registaram-se no país 48.313 óbitos.

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