Madeira

Um passo em frente

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Boa noite!

Em plena época carnavalesca confinada caiu a máscara a muito sportinguista há 19 anos sofredor e que hoje respirou fundo, dando um passo em frente, determinado a assumir com toda a legitimidade que com 10 pontos de avanço dificilmente o título de campeão nacional foge.

É quase consensual que assim seja, mas campeonatos recentes demonstraram que as contas fazem-se no fim. Basta que a bola não entre, que a sorte bata a outra porta, que a coesão esmoreça, que o vírus ataque e que a arbitragem se distraia.

Para já, a liderança dos lusos ‘leões’ é indiscutível, o que não só deveria merecer estudo, como ser transformado em lição. E está na frente porque em muitos jogos teve estratégia, funcionou como equipa e acreditou até ao fim. Coisa bem diferente fizeram adversários mais cotados, com défices absurdos de eficácia, desorientação colectiva e precária condição física.

Que culpa tem o Sporting que esteja isolado, sem qualquer favor evidente, enquanto outros se distraem com tudo o que não é jogo jogado?

Que culpa tem o Sporting que os empenhados portistas que raramente se enganam cometam alguns equívocos penalizadores e que os milionários do toupeirense Benfica não treinem convenientemente quedas na área?

Que culpa tem o Sporting que os gabarolas das outras academias tenham desinvestido na formação, preferindo a importação sem critério de vedetas que ainda não provaram nada?

Num jogo com 47 faltas, hoje frente ao Paços, o 2.º maior registo deste campeonato, fica claro um aspecto porventura decisivo: um ‘dream team’ constrói-se, jornada a jornada, conjugando trabalho com sorte, a irreverência com talento e experiência com juventude. Também é possível ser campeão assim.

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