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Ministra sul-africana mantém declaração polémica sobre violência de género

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A ministra do Ensino Básico da África do Sul, Angie Motshekga, manteve as declarações controversas sobre violência de género que proferiu na manhã de hoje na reabertura do ano lectivo na capital do país.

"A violência é realmente uma questão de poder, o Ministério tem programas para educar os meninos a apreciar a importância de como lidar com as relações de poder entre homens e mulheres desde tenra idade, e por isso, as minhas declarações não devem ser interpretadas fora do contexto da educação das crianças para os desenvolver a serem pessoas melhores", disse em comunicado Angie Motshekga.

"Os homens precisam de ser educados sobre como lidar com o poder, o patriarcado e a masculinidade negativa ou tóxica. Educar os homens sobre as relações de poder também é importante na luta contra a violência de género", referiu a ministra do Ensino Básico citada pela imprensa local.

Motshekga frisou que a sua intenção era a de "incentivar as crianças a se educarem sobre a violência de género".

A ministra sul-africana havia sido criticada pela Aliança Democrática (DA, na sigla em inglês), o maior partido da oposição na África do Sul, por sugerir que "um homem educado não viola", quando se dirigia a alunos da Prospectus High Scool, em Pretória, durante uma visita na manhã de hoje para assinalar a reabertura do ano lectivo de 2021.

"São declarações totalmente inapropriadas e imprudentes, já que a crise da violência de género generalizada na África do Sul não conhece fronteiras sociais, económicas ou educacionais", disse em comunicado o principal partido da oposição na África do Sul.

Também o líder do movimento One South Africa, Mumusi Maimane, criticou a ministra pela "falta de compreensão" sobre a violência de género que assola o país, acrescentando que "a África do Sul precisa urgentemente de uma nova ministra do Ensino Básico".

Dados oficiais indicam que a polícia sul-africana regista diariamente mais de uma centena de denúncias de violência de género na África do Sul.

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