PCP recorda as obras em falta do 20 de Fevereiro
O PCP recordou hoje a tragédia do 20 de Fevereiro que se abateu sobre a Madeira, em 2010, e deixou um rasto de destruição em vários pontos da ilha. 11 anos depois, os comunistas dizem que é preciso “dar resposta aos problemas da população” que decorreram desta catástrofe.
A Lei Orgânica n.º 2/2010, de 16 de Junho, conhecida como (Lei de Meios), fixou um pacote financeiro de 1.040 milhões de euros para a reconstrução, entre 2010-2013. No entanto, o PCP lamenta que 11 anos depois, “ainda falte utilizar mais de 300 milhões euros da Lei de Meios”, tal como afirmou o Presidente do Governo Regional a 18 de Fevereiro de 2020.
Segundo o PCP, “existem zonas que deveriam ser consideradas prioritárias tendo em conta a necessidade de garantir a segurança de pessoas e bens, mas que, infelizmente, estão negligenciadas, ficaram esquecidas no tempo, praticamente abandonadas à sua sorte e à mercê de eventuais acontecimentos futuros”. O mesmo acontece com “cidadãos que vivem em habitações que estão situadas em zonas de risco, e esperam e desesperam para que sejam feitas obras que garantam a sua segurança”.
Muitos não compreendem a estratégia que foi aplicada pelo Governo Regional que “optou por construir o acessório em vez de garantir rapidamente a segurança de quem sentiu na pele as consequências de tão trágicos acontecimentos”, diz o partido, recordando localidades como o Poço do Morgado, o Curral Velho, o Caminho do Moinho, os Três Paus, no Funchal, que continuam a necessitar de intervenções para garantir a segurança de pessoas e bens. O mesmo acontece em Santa Cruz, na Estrada do Ribeiro Serrão, assim como em outros concelhos da costa sul da ilha da Madeira, afirma o PCP que entregou na Assembleia Legislativa da Madeira um voto de solidariedade com as vítimas da aluvião de 20 de Fevereiro que ainda esperam e desesperam para que sejam feitas obras que garantam a sua segurança