Secretário-Geral do PS Madeira critica "amnésia selectiva" de Pedro Calado
O Secretário-Geral do PS Madeira, Gonçalo Aguiar, veio hoje a público criticar o vice-presidente do Governo Regional, a propósito de afirmações de Pedro Calado à comunicação social sobre as finanças da Câmara Municipal do Funchal (CMF).
O socialista acusa o número dois do Governo de ter "memória selectiva".
"Na senda do que tem vindo a fazer ao longo dos últimos dias, o vice-presidente do Governo Regional, Pedro Calado, dá mostras de estar mais preocupado em tentar branquear o seu passado nebuloso na gestão dos dinheiros regionais do que propriamente com as suas funções governativas. Desta vez, no JM, Pedro Calado distorce propositadamente a realidade das finanças da Câmara Municipal do Funchal e dá mostras de ter uma memória selectiva sobre a sua passagem pelo executivo municipal e a enorme dívida que deixou de herança aos executivos liderados pela Coligação Confiança".
Gonçalo Aguiar recorda que entre 2005 e 2012, Pedro Calado foi vereador do executivo da Câmara Municipal do Funchal e entre 2012 e 2013 passou a ser vice-presidente da Câmara, com o pelouro financeiro e a presidência de várias empresas municipais.
Uma gestão "ruinosa" da qual são exemplos, segundo o Secretário-Geral do PS, os dois contratos SWAP com o BES e Barclays, com duração de três anos, "período durante o qual a autarquia perdeu quase um milhão de euros".
Lembra ainda, que entre outros aspectos, a auditoria realizada pelo Tribunal de Contas à autarquia concluiu que “Miguel Albuquerque e Pedro Calado são responsáveis pela realização de contratos, nomeadamente com construtoras, empresas públicas e com a banca que deixaram a autarquia numa situação de muito difícil recuperação”.
"Os velhos hábitos nunca mudam", sublinha Gonçalo Aguiar, acrescentando que "é preciso ter falta de honestidade intelectual" para Pedro Calado vir a público "analisar e opinar sobre as contas da Câmara Municipal do Funchal".
Em sentido inverso realça que "desde que a Coligação Confiança passou a liderar a autarquia, a dívida sofreu uma redução de 70 milhões de euros e houve uma redução dos impostos municipais, onde se destaca a redução do IMI à taxa mínima, que em 2021 vai devolver mais de 3 milhões de euros aos funchalenses".
"O PS-Madeira está, e sempre estará, ao lado dos seus autarcas na defesa da verdade, da ética e da transparência, não compactuando com exercícios de branqueamento fretados para fins meramente eleitorais", conclui.