Turismo Madeira

Dados finais de 2020 confirmam ano negro para o turismo da Madeira

Dezembro com quebra de 66,1%, cerca de 166 mil, num ano que atingiu os 2,7 milhões de dormidas, com quebra percentual semelhante

Veja aqui o vídeo elaborado pela DREM que resume esta informação
Veja aqui o vídeo elaborado pela DREM que resume esta informação

Os dados finais, ainda que preliminares referentes a Dezembro de 2020 confirmam um dos piores anos das últimas décadas, num ano marcado pela pandemia de covid-19 que deixou grande parte do alojamento turístico da Madeira sem actividade. No último mês de Dezembro os estabelecimentos de alojamento turístico na RAM contabilizaram 166,3 mil dormidas, -66,1% que no período homólogo. Para o ano todo, foram cerca de 2,7 milhões de dormidas, com uma quebra percentual semelhante, -66,1%.

Segundo as estimativas referentes a Dezembro, divulgadas pela Direcção Regional de Estatística da Madeira nesta segunda-feira, "revelam que 47,3% dos estabelecimentos do alojamento turístico da RAM registaram movimento de hóspedes (58,0% da capacidade do alojamento turístico total)", refere. "Analisando por segmento, verifica-se que a hotelaria continua a apresentar a maior percentagem de estabelecimentos do seu segmento com movimento de hóspedes (61,3%), seguido do turismo no espaço rural com 57,1% e do alojamento local com 45,8%".

"Os proveitos totais e os de aposento recuaram numa proporção semelhante à das dormidas (66,3% e 65,6%, respetivamente)", acrescenta a DREM. "No país, as dormidas apresentaram uma quebra de 72,4% enquanto os proveitos totais e de aposento observaram, pela mesma ordem, variações negativas de 73,7% e 74,2%". Olhando ao ano completo na RAM, os "proveitos totais e de aposento apresentaram quebras de 68,1% e 68,2%, respectivamente".

"No mês em referência verificaram-se quebras bastante significativas nas dormidas nos principais mercados emissores, embora menos acentuadas do que no mês de Novembro", afiança. "O mercado francês foi o que registou a quebra mais acentuada com -76,0% de dormidas, seguido do britânico com -67,2% e do alemão com -56,2%. O mercado nacional, com a quebra menos pronunciada (-43,1%), manteve-se abaixo dos 50%".

Já o valor da estada média nesse mês registou-se "um ligeiro aumento relativamente ao mês anterior (4,68 noites), totalizando as 4,93 noites. A média anual de 2020 foi de 4,83 noites, inferior à de 2019 (5,11 noites)".

Por outro lado, a taxa de ocupação-cama do alojamento turístico em Dezembro "não ultrapassou os 19,9%, 21,7 pontos percentuais (p.p) abaixo do observado no mês homólogo", enquanto que a "taxa de ocupação-quarto atingiu os 23,2%. Em termos anuais, a taxa de ocupação-cama não ultrapassou os 30,8%, ou seja, inferior em 27,2 p.p. à de 2019, enquanto a taxa de ocupação-quarto rondou os 34,3%", confirmando um último mês, ainda festivo, ligeiramente melhor.

O rendimento por quarto disponível (RevPAR) em Dezembro de 2020 "continuou a registar valores significativamente baixos", aponta ainda a DREM, rondando "os 17,66 euros no conjunto do alojamento turístico (excluindo o alojamento local abaixo das 10 camas), -48,3% que no mesmo mês do ano precedente", tendo a hotelaria evidenciado "um decréscimo de 47,8%, com um RevPAR de 19,06 euros".

Por sua vez, conclui, "o proveito por quarto utilizado (ADR) passou de 72,00€ em Dezembro de 2019 para 76,23€ em Dezembro de 2020 (+5,9%)", sendo o único valor positivo de realce.

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