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São Tomé quer apoio internacional para combater pirataria na costa

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As autoridades de São Tomé e Príncipe procuram apoio internacional para responder a "um recrudescer de atos piratas de caris violento" nas suas águas nacionais, com "sinais de agravamento", segundo um comunicado hoje divulgado.

"Constata-se de facto um recrudescer de atos piratas de caris violento nas águas marinhas nacionais", refere um comunicado da Guarda Costeira, a que a Lusa teve acesso.

"O quadro que se assiste dá sinais de um agravamento", lê-se na mesma nota.

A Guarda Costeira diz ter sido, por isso, obrigada a "mover ações concretas junto das autoridades competentes nacionais" à procura de apoios "a nível regional e com parceiros internacionais".

Este apoio, de acordo com o comunicado, destina-se "a que, de forma rápida e efetiva, São Tomé e Príncipe possa ser apoiado no combate a esta praga que ameaça cortar linhas marítimas de navegação internacional, assim como linhas que dão acesso as ilhas".

As autoridades referem "incidentes graves de pirataria nas águas sob sua jurisdição", em três dias consecutivos, a poucas milhas do arquipélago.

"No dia 06 de fevereiro, o navio tanque Sea Phanton foi vítima de ataque pirata quando se encontrava a uma distância de 50 milhas náuticas da ilha do Príncipe e 135 milhas de São Tomé", explica a Guarda Costeira são-tomense.

"No dia 08 de fevereiro pelas 06h32m o Centro de Operações Navais da Guarda Costeira recebeu nova comunicação de que uma embarcação de nome MV Seaking foi alvo de ataque pirata a 20 milhas do Porto Gentil (Gabão), tendo o mesmo conseguido escapar da zona de contacto e observação dos piratas de forma ilesa", acrescenta.

De acordo com o comunicado, 24 horas depois deste segundo ataque, ocorreu um terceiro, no dia 09 de fevereiro.

"O navio tanque com destino a Guiné Equatorial, a uma distância de 112 milhas de São Tomé também foi vítima de ataque pirata, tendo o Centro de Operações Navais da Guarda Costeira feito a monitorização e troca de informações como outros centros de consciência de Domínio marítimo da região do Golfo da Guiné", refere o comunicado.

Segundo a mesma nota, foi enviado "de imediato o navio português Zaire para prestar assistência ao mesmo e fez acompanhamento e escolta do navio até fora da Zona Económica Exclusiva de São Tomé e Príncipe".

A Guarda Costeira lembra também outros incidentes anteriores e manifesta preocupação com a cada maior proximidade destes atos de pirataria da costa são-tomense.

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