Filipe Valente Ferraz
O Ferraz partiu. Quem partilhou momentos da vida do Ferraz, no ambiente partidário ou desportivo, reconhece unanimemente que era um “bom pequeno”. E era de facto!
Um militante ativo da JSD e do PSD. Um Jota assíduo das atividades políticas, dos conselhos regionais, dos Fóruns Sociais e das inúmeras reuniões do Autonomia XXI. Dos grandes e pequenos, mas sempre bons convívios das atividades concelhias e regionais. Das Festas da Juventude, da grande festa partidária do Chão da Lagoa e das campanhas eleitorais, no contacto com os cidadãos, no “porta a porta” e nos comícios. Estava sempre lá.
Lembranças que partilho com saudosismo e com emoção, nesta hora de partida do Ferraz.
Tinha o entusiasmo pelo desporto automóvel. Ativo no acompanhamento dos ralis, ainda que as limitações o quisessem atrapalhar. Tinha a paixão pela fotografia. Com orgulho mostrava os seus registos.
A vida foi madrasta para o Ferraz. Partilhou no seu Facebook o infortúnio que alterou a sua vida por completo. Achamos que só acontece a pessoas que não conhecemos e a pessoas muito mais velhas.
Fui visitar o Facebook do Ferraz e tanto se pode extrair das inúmeras mensagens, que postou ao longo destes últimos anos.
O Ferraz ia dando conta da sua situação. Em setembro de 2019 com o Marco Gil Cabral escreveu “Já vai em 2 anos. Obrigado. Estou cada vez melhor”; “Quando temos amigos que puxam por nós, a nossa evolução é notória!”
Que dura caminhada e que resistente foi o Ferraz.
Hoje - 14 de fevereiro – está instituído o Dia da Amizade para assinalar a importância do relacionamento entre os amigos. O Ferraz era um Amigo para os seus amigos. Sincero, divertido e honesto. Tinha sempre uma palavra agradável e educada.
Neste intervalo de dias, entre o dia que o Ferraz partiu e o dia que será feita a sua cerimónia fúnebre de despedida, partilho neste espaço de opinião, uma breve memória do Ferraz, das nossas lides partidárias.
Se o Ferraz cá estivesse não sonharia que 20/25 anos depois, a Jota do Autonomia XXI, apesar de uns quantos amuos pelo meio, estaria unida para um singelo, mas sentido Adeus, a um “bom pequeno” na sua curta vida, grande na sua grandiosidade de ser humano.
Ferraz se cá estivesses, darias uma gargalhada Valente!
À família enlutada, endereço as minhas condolências. Que descanse em paz.