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Mais 1.288 mortes e 51.546 infecções no Brasil em 24 horas

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Foto EPA

O Brasil reportou hoje 1.288 mortes e 51.546 casos de covid-19, totalizando 237.489 óbitos e 9.765.455 infeções desde o início da pandemia, números que tornam o país num dos mais afetados no mundo.

Os dados fazem parte do último boletim epidemiológico difundido pelo Ministério da Saúde brasileiro, que dá ainda conta de mais de 8,6 milhões de pacientes recuperados e de 849.639 infetados sob acompanhamento médico.

No país sul-americano, com cerca de 212 milhões de habitantes, a taxa de letalidade da doença está fixada em 2,4% e a taxa de incidência aumentou hoje para 113 mortes e 4.647 casos por 100 mil habitantes.

São Paulo é o foco da pandemia no Brasil, e chegou hoje a 1,9 milhões de diagnósticos do novo coronavírus (1.901.574), sendo seguido por Minas Gerais (798.711), Bahia (623.678) e Santa Catarina (608.544).

Por outro lado, as unidades federativas com maior número de vítimas mortais são São Paulo (55.971), Rio de Janeiro (31.283), Minas Gerais (16.595) e Rio Grande do Sul (11.300).

A enfermeira brasileira Mônica Calazans, de 54 anos, que foi a primeira pessoa a ser vacinada contra a covid-19 no Brasil, em 17 de janeiro, recebeu hoje a segunda dose da vacina CoronaVac, em São Paulo.

"Eu estou aqui por uma classe, pois sou enfermeira e tenho muito orgulho da minha profissão. Quero deixar claro que não sou atriz, sou enfermeira. Eu não estou atuando. No momento com tantas mortes não existe atuação teatral, é uma realidade que todos nós estamos a viver", afirmou Mônica à imprensa, pedindo respeito pelos profissionais de Saúde após ter revelado que sofreu ataques virtuais depois de ter recebido a primeira dose.

O Estado de São Paulo, governado por João Doria, começou hoje a aplicar a segunda dose da vacina em todos os profissionais de saúde que foram imunizados no mês passado.

Já a Prefeitura de São Paulo começou agora a vacinar idosos sem-abrigo com mais de 60 anos, numa campanha ocorre após solicitação do Ministério Público.

Cerca de quatro semanas após o início da vacinação em território brasileiro, o Tribunal de Contas da União (TCU) deu hoje 15 dias ao Ministério da Saúde e ao Exército para prestarem informações sobre a produção e distribuição de três milhões de comprimimos de cloroquina, fármaco sem comprovação científica contra o novo coronavírus e utilizada há muitos anos para o tratamento de malária e doenças autoimunes, como a lúpus.

Apesar de não ter eficácia comprovada contra a covid-19, o medicamento tem sido sistematicamente recomendado pelo Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, como forma de tratamento contra a covid-19, o que levou os laboratórios do Exército brasileiro a fabricarem milhões de unidades num curto espaço de tempo.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.368.493 mortos no mundo, resultantes de mais de 107,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.