Câmara de Santa Cruz congratula-se com saldo de gerência de quatro milhões
O saldo de gerência do município de Santa Cruz, no valor de quatro milhões de euros, foi aprovado, hoje, dia 12 de Fevereiro, em Assembleia Municipal, com votos a favor do JPP e do PS e abstenção do PSD e CDS.
Em nota remetida às redacções, o presidente Filipe Sousa diz que se trata de "um recorde em termos de saldo de gerência do município", que "revela a prudência e a boa gestão" em curso na autarquia.
O autarca informou, ainda, que o saldo de gerência será derramado "numa série de investimentos", entre os quais: "o centro intergeracional do Santo da Serra, em várias empreitadas de saneamento e águas, na legalização e ampliação do Centro de Recolha Animal e em várias ruas e caminhos em todas as freguesias do concelho".
Por seu turno, Bruno Camacho, do PSD, e Pedro Jorge, do CDS, explicaram a abstenção com "a falta de documentos", refere o autarca, acusando a oposição de "má fé".
Filipe Sousa tem apenas a lamentar "não ter mais de quatro milhões, nomeadamente os dois milhões em dívida do IRS" e recorda, a propósito, a promessa feita por Miguel Albuquerque.
Disse ser "lamentável existir um presidente do Governo que prometeu, perante a população, e numa sessão pública, que respeitaria a decisão do tribunal quanto ao pagamento do IRS às autarquias e agora dá o dito pelo não dito, faltando com a palavra ao povo".
Na reunião foi também apresentada informação sobre a situação económica e financeira do município.
Filipe Sousa lembrou que a dívida municipal era em 2014 de 31,4 milhões e que em 2020 essa dívida desceu para os 16,3 milhões.
"Há uma redução efetiva de 15 milhões de euros no percurso do JPP na Câmara de Santa Cruz", vincou, acrescentando que, hoje, o município tem margem para recorrer à Banca no valor de 17 milhões de euros.