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Bolsonaro festeja eleição como "personalidade do ano" pelos leitores da revista Time

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O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, congratulou-se na terça-feira com a eleição como "personalidade do ano" pelos leitores da revista Time, dias antes de a publicação anunciar a sua escolha para 2021.

Com 24% dos 9 milhões de votos dos leitores da revista, que votaram pela Internet, o líder brasileiro de extrema-direita foi considerado a personalidade com maior influência em 2021, "para o melhor ou o pior", anunciou a Time, na terça-feira.

De acordo com a revista, Bolsonaro bateu o ex-Presidente norte-americano Donald Trump, o segundo mais votado pelos leitores, com 9% dos votos, e os profissionais de saúde que trabalham no combate à pandemia, que ficaram em terceiro lugar, com 6,3%.

"Agradeço aos 2.160.000 eleitores que votaram em mim. Esperamos que a revista Time nos conceda, de fato, o título, respeitando o resultado das eleições", escreveu o chefe de Estado brasileiro, numa mensagem publicada na rede social Twitter.

"Nossos cumprimentos a Donald Trump pelo segundo lugar", acrescentou Bolsonaro, referindo-se ao antigo Presidente dos EUA, que foi um dos seus principais aliados e do qual sempre disse ser admirador.

O vencedor da votação popular não é a personalidade do ano tradicionalmente escolhida pelos editores da Time. A revista só deverá anunciar a figura do ano em 13 de dezembro.

No ano passado, a distinção foi atribuída ao Presidente norte-americano Joe Biden e à vice-presidente Kamala Harris, apesar de a escolha dos leitores ter recaído nos "trabalhadores essenciais" na luta contra a pandemia, incluindo pessoal de saúde e trabalhadores dos serviços de entregas e lojas de alimentação.

O Presidente brasileiro beneficiou da campanha promovida pelos seus seguidores nas redes sociais para encorajar o voto no líder de extrema-direita, que também pediu apoio na sua tradicional transmissão ao vivo no Facebook.

Na nota anunciando a vitória de Bolsonaro na votação 'online', a Time disse que "o controverso líder, candidato à reeleição em 2022, enfrenta uma desaprovação crescente pela sua gestão da economia e críticas generalizadas de políticos, tribunais e especialistas em saúde pública, por minimizar a severidade da covid-19 e mostrar ceticismo em relação à vacina".

A revista acrescentou que o Presidente brasileiro está a ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal, por ter afirmado falsamente que a vacina contra a covid-19 pode aumentar as hipóteses de contrair SIDA.

"Um relatório do Senado brasileiro em outubro recomendou que o Presidente seja acusado de vários crimes por má gestão da pandemia, que já matou mais de 600.000 pessoas no Brasil. Bolsonaro tem negado repetidamente qualquer ato ilícito", acrescentou a Time, na nota.