Profissionais de saúde contestam proposta belga de vacinação obrigatória
Um protesto contra o plano do Governo belga de tornar obrigatória a vacinação dos profissionais da saúde juntou hoje cerca de 3.800 pessoas em Bruxelas, segundo dados da polícia, que usou gás lacrimogéneo contra os manifestantes.
De acordo com a imprensa belga, um grupo de manifestantes tentou forçar a entrada no gabinete do ministro federal da Saúde, Frank Vandenbroucke, tendo a polícia usado gás lacrimogéneo para os dispersar.
O dia de luta, convocado por uma frente comum de sindicatos, ficou também marcado por greves nos estabelecimentos de saúde.
Durante a manifestação foram lançados petardos e exibidas faixas e bandeirolas com frases como "a verdadeira urgência é não despedir", "o meu corpo, a minha escolha" e "urgências em sofrimento".
O governo federal quer tornar obrigatória a partir de 01 de janeiro a vacinação dos profissionais de saúde contra o vírus que causa a covid-19, salvo exceções em que esta é contraindicada, estando o projeto de lei a ser analisado pelo Parlamento federal belga.
A proposta do executivo liderado por Alexandre De Croo (liberal) prevê a suspensão do serviço aos que recusarem a vacina, que disporão de um prazo para decidir antes de serem demitidos.
As autoridades belgas estimam em 10% os profissionais de saúde que não estão vacinados contra a covid-19.
A covid-19 provocou pelo menos 5.261.472 mortes em todo o mundo, entre mais de 265,80 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 na China e atualmente com variantes identificadas em vários países, a última das quais, a Ómicron, foi classificada como "preocupante" pela Organização Mundial da Saúde.