"Testes na origem poderiam ter resolvido boa parte do problema"
Eduardo Jesus no encerramento da segunda conferência da Macaronésia
"A crise pandémica, mobilidade e o futuro do turismo na Macaronésia: transição ecológica e digital" deram o mote para um debate alargado sobre as estratégias a implementar pelas regiões insulares para suportar o investimento em novas e actividades emergentes mais resilientes e sustentáveis.
No hotel Savoy Palace, onde decorreu a segunda conferência da Macaronésia, membros dos governos da Madeira, dos Açores, de Canárias e de Cabo Verde e outros parceiros traçaram os objectivos futuros, após um quadro "negro" de Covid que agudizou todas as já conhecidas vulnerabilidades das ultraperiferias.
Desde o sucesso alcançado no combate à pandemia, muito graças à decisão autonómica do Governo Regional da Madeira de fechar os portos e aeroportos, que foi explanado pelo director regional de saúde, Herberto Jesus, até aos apoios financeiros às empresas ou às necessárias obrigações para fazer face às alterações climáticas.
Na sessão de encerramento, o secretário regional de Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, deu nota do bom trabalho feito no combate à pandemia e que se reflete nos números do turismo. Se todos tivessem apostado nos "testes na origem parte do problema poderia ter sido resolvido", disse, acusando alguns países de medo na implementação de restrições.
Os "elos criados entre os decisores públicos e privados" foram apontados como fundamentais para o momento actual. O manual de boas práticas e o certificado contra os riscos biológicos outras medidas decisivas para um sector que representa 26% do PIB regional.