11 Organizações não-Governamentais opõem-se ao projecto do Caminho das Ginjas
11 Organizações não-Governamentais opõem-se à construção de uma estrada em plena floresta Laurissilva na Madeira, numa zona protegida classificada como Rede Natura 2000 e Património da Humanidade pela UNESCO.
Segundo a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), o estudo de impacte ambiental do projecto, que está em consulta pública até amanhã, "mesmo depois de reformulado, continua a apresentar ilegalidades, falhas técnicas graves e uma tentativa grosseira de ocultar o estado actual do ambiente no local".
Aspectos que levam a SPEA, ANP/WWF Portugal, Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal, Associação para a Defesa e Protecção das Florestas Laurissilva (DFLP), FAPAS, Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA), Iris - Associação Nacional de Ambiente, Liga para a Protecção da Natureza (LPN), Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza, Sociedade Portuguesa de Ecologia (SPECO) e a ZERO - Associação Sistema Terrestre Sustentável a recomendar à Secretaria Regional de Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas da Região Autónoma da Madeira que a declaração de impacte ambiental "seja desfavorável e que o projecto seja abandonado".
“Não existem quaisquer dados que comprovem a necessidade desta infraestrutura: não há qualquer justificação socioeconómica, e muito menos ambiental”, declara Domingos Leitão, director executivo da SPEA.
E acrescenta: “Este
projecto que não só não tem qualquer utilidade para a conservação da natureza
como põe em causa anos de trabalho e investimento na proteção da floresta
Laurissilva; não faz qualquer tipo de sentido".