“Aquilo que existe precisa de ser mais bem distribuído”
Palavras do presidente do Parlamento Regional na atribuição do Prémio +Valor Madeira
Uma melhor distribuição da riqueza foi a principal mensagem deixada pelo presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Rodrigues, na cerimónia que distinguiu o vencedor da 1ª edição do Prémio +Valor Madeira, atribuído ao jovem engenheiro Ricardo Henriques, Mestre em Engenharia Electrotécnica e de Computadores.
José Manuel Rodrigues desejou que “neste próximo ciclo económico com a aplicação do Programa de Recuperação e Resiliência, nós possamos partir para a redução das assimetrias de desenvolvimento no interior da região, para correcção das desigualdades sociais que ainda existem, isto é, para um maior crescimento económico, mas também para uma melhor distribuição da própria riqueza”, afirmou.
O presidente do Parlamento Regional reforçou que “aquilo que existe precisa de ser mais bem distribuído” mas também admitiu que “é preciso que exista mais crescimento económico para que essa riqueza possa atingir e chegar aqueles que são os mais pobres da nossa sociedade”, apelou.
Sobre o Prémio +Valor Madeira, lembrou que “é importante que o parlamento da Madeira, que representa o nosso povo, possa reconhecer aqueles que são os nossos melhores, aqueles que produzem conhecimento, aqueles que fazem investigação, aqueles que contribuem para a própria evolução da nossa comunidade”. Argumento para justificar que “foi neste âmbito que foi criado o Prémio +Valor Madeira, para distinguir em contexto académico, teses de doutoramento e trabalhos de mestrado que possam acrescentar alguma coisa ao desenvolvimento regional”.
Nesta primeira edição, além do Prémio monetário (5 mil euros) foram também atribuídas duas menções honrosas. Uma a Joana Ornelas, Mestre em Gestão, outra a Lúcia Pestana, Mestre em Estudos Regionais e Locais, com os trabalhos finais de mestrado intitulados, respectivamente, ‘Programa de Habitação para Jovens Residentes na RAM na IHM’ e ‘A Cultura da Cereja no Jardim da Serra – Valorização de um património cultural e linguístico’.
Três temas “muito importantes”, registou Rodrigues, que vincou a importância das instituições políticas, neste caso o parlamento, reconhecerem estes trabalhos.
Quanto a uma eventual concretização destas ideias, remeteu para o Governo Regional.
“Podem ser aproveitados por quem é poder executivo”, disse.
De resto, agora que tanto se fala da digitalização da nossa sociedade, da transição energética e da diversificação da nossa base produtiva, reforçou a importância de também “não esquecer a produção do conhecimento, porque é isso que faz avançar as sociedades”, lembra. É com esse propósito que este prémio procura também incentivar essa produção do conhecimento.