Coronavírus Madeira

Madeirenses adaptaram-se bem à pandemia da covid-19, revela estudo da UMa

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Um estudo realizado por investigadoras da Universidade da Madeira (UMa), membros e colaboradoras do Observatório Regional de Saúde Mental da RAM (ORSMM), concluiu que os adultos madeirenses desenvolveram mecanismos eficazes de ajustamento à pandemia da covid-19.

O estudo qualitativo sobre as estratégias adaptativas dos adultos da RAM durante a pandemia, realizado com adultos entre os 18 e 67 anos de idade, residentes na Região, permitiu identificar as principais estratégias utilizadas para enfrentar a situação de pandemia no período de confinamento.

No decorrer do trabalho, as investigadoras por Isabel Fragoeiro, Maria João Rodrigues, Rita Lemos e Dora Pereira, da Escola Superior de Saúde e do Departamento de Psicologia da Faculdade de Artes e Humanidades da UMa, analisaram o relato dos participantes, obtido através de discussões em grupo de questões relacionadas com a experiência emocional, social, familiar, comunicacional, mudanças sentidas e estratégias utilizadas.

De entre outros aspectos, foi tido com conta de que forma a pandemia alterou a sua vida, que principais emoções e sentimentos marcaram o período de confinamento (Março a Maio de 2020), de que forma é que o mesmo influenciou as relações familiares e extra familiares e a comunicação entre as pessoas, bem como as estratégias utilizadas para se adaptar à situação de pandemia.

Os resultados do estudo evidenciaram que as principais estratégias adoptadas se centraram na gestão do problema, mais especificamente na aceitação da situação de pandemia, e da responsabilidade individual na adaptação à mesma, na procura de informação fiável, no desenvolvimento de novas competências e na reapreciação positiva das experiências vivenciadas.

Além disso, o estudo demonstrou que apesar da fadiga e da exigência da situação a variabilidade de estratégias de enfrentamento evidenciou-se como essencial para manter o equilíbrio emocional e a saúde mental numa situação de stresse prolongado e de evolução imprevisível, constatando-se através do follow-up dos participantes após 6 meses (em Janeiro de 2021).

Em nota enviada às redações, o Gabinete de Comunicação da UMa, refere que o estudo continuará a decorrer.