Está a ser apresentada, esta manhã, a Rota Arqueológica Subaquática da Ponta de São Lourenço, Madeira.

Trata-se do “produto final de um projecto que já se iniciou há algum tempo, no âmbito do INTERREG, envolvendo a Madeira, os Açores, Canárias, Cabo Verde e até ao Senegal, que tem como função principal descobrir no meio subaquático evidências, vestígios, neste caso de navios, para fomentar o interesse no mergulho”, revelou o secretário regional do Turismo e Cultura, Eduardo Jesus. “Neste caso concreto foi possível localizar junto à Ponta de São Lourenço um navio que naufragou ali em meados do século XIX, o SS Newton, e que passa a constituir um novo pólo de atracção ao mergulho”, assinala.

Em causa o resultado da investigação arqueológica levada a cabo pelo projecto Margullar que veio a identificar vestígios, na Baixa da Badajeira, como sendo pertencentes, muito possivelmente, ao SS Newton, navio britânico que afundou junto à Ponta de São Lourenço em 1881.

O governante lembra que “a Madeira, dada a sua posição geográfica, sempre foi muito visitada por navios que atravessam ao Atlântico ou que desciam a costa africana para o sul de África, e encontrando aqui um ponto de abastecimento é natural que andaram imensos navios aqui à volta e alguns tiveram infortúnio de acabar a sua vida nos mares da Madeira. Esses restos que existem dos navios afundados constituem tesouros para quem pretende mergulhar e o objectivo deste projecto foi exactamente identificar e depois torná-los como produto do mergulho”, sublinhou.

A investigação feita permitiu encontrar testemunhos arqueológicos, na forma da cadeira, do hélice ou do leme, ou das âncoras, da imponente embarcação que seria o SS Newton.

A apresentação que acontece na manhã desta segunda-feira numa unidade hoteleira do Funchal “ao fim ao cabo é uma sistematização de todo esse conhecimento, é o pormenor do que se encontrou e é traduzir através de uma comunicação – folheto próprio – mais uma oferta de uma experiência que a Madeira pode ter para além do conteúdo histórico ou cultural que está associado à vida desse mesmo navio, também a experiência do mergulho”, reforça Eduardo Jesus.

Lembra que a Madeira e o Porto Santo já oferecem alguns spotes de mergulho “que têm revelado um grande interesse e uma grande apetência para a essa actividade, não só para os residentes, mas fundamentalmente para aqueles que nos visitam”, razão para hoje comunicar, oficialmente, “mais uma oferta que é sem dúvida alguma reforçar a nossa capacidade”, concretizou.