Governo espanhol expectante em Natal sem medidas restritivas
Espanha aguentará a nova "investida do vírus" não sendo necessário aplicar medidas mais restritivas no Natal devido à covid-19, como acontece em outros países europeus, afirmou a porta-voz do Governo espanhol.
Em entrevista à agência de notícias Efe, Isabel Rodríguez reconheceu que o executivo está a observar com preocupação o aumento dos contágios e a expansão da nova variante Ómicron, mas acredita que se mantiverem com vigor as formas que funcionaram até ao momento, especialmente a vacinação, não será necessário aplicar restrições duras que limitem "direitos e liberdades".
"Quando limitamos direitos da cidadania há que ser absolutamente escrupulosos", defendeu a porta-voz do Governo, que aposta em conciliar a proteção da saúde com a atividade económica.
Desta forma, a responsável fez um apelo à responsabilidade dos cidadãos para nesta ponte festiva - segunda-feira é feriado em Espanha - e nas próximas férias de Natal em que todos podem ter "tendência para relaxar".
"Se interagirmos da maneira responsável que a sociedade espanhola tem tido até ao momento, com vacinas, com máscara, com lavagem de mãos, distanciamento social, ventilação, acredito que poderemos aguentar esta nova investida do vírus", disse a também ministra de Política Territorial.
Na sua opinião, o Governo é claro sobre o que tem funcionado até ao momento, algo que as autoridades sanitárias europeias e internacionais reconhecem, pelo que a sua aposta para os próximos dias "continua a mesma".
Uma estratégia baseada na vacinação em massa - uma dose de reforço para idosos, e em breve para crianças menores de 12 anos - que certamente permitirá manter níveis de contágio bem abaixo dos de outros países vizinhos.
Se essa contenção do vírus e da responsabilidade cívica for mantida, a porta-voz do executivo insiste que "não será necessário" aplicar restrições adicionais.
No entanto, e apesar das decisões do Tribunal Constitucional contra os estados de alarme decretados pelo Governo, Rodríguez afirma que existem "instrumentos jurídicos" para fazer face a qualquer eventualidade e que o Supremo Tribunal Federal tem proporcionado cobertura às comunidades para que possam tomar decisões no âmbito das suas atribuições.
"Vamos trabalhar naquela estratégia que tem funcionado para nós até agora e não temos nenhuma outra hipótese", insiste.