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Presidente chinês deseja reunificação com Taiwan em discurso de fim de ano

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O Presidente chinês, Xi Jinping, assegurou hoje que "alcançar a reunificação completa da pátria" é a "aspiração comum" dos "chineses dos dois lados do Estreito de Taiwan", durante o discurso de fim de ano, citado pelos 'media' chineses.

China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, mas Pequim considera a ilha parte do seu território e já chegou a ameaçar a reunificação pela força.

Na intervenção, Xi Jinping relembrou alguns dos acontecimentos mais relevantes do ano na China, incluindo as celebrações - presididas pelo próprio - do 100.º aniversário da fundação do Partido Comunista chinês em julho passado.

"Estivemos em Tiananmen depois de uma turbulenta viagem histórica" disse o líder chinês, que prometeu esforços para que os comunistas chineses estejam à "altura dos tempos".

Depois de um ano em que o controlo de Pequim sobre a ex-colónia britânica (Hong Kong) foi fortalecido, Xi Jinping garantiu que "a pátria sempre se preocupou com a prosperidade de Hong Kong e de Macau", onde, "pelo esforço", o sistema de um país e dois sistemas pode "ser estável".

O Presidente chinês, que se descreveu no discurso como "alguém que vem do campo" e que "vivenciou a pobreza", lembrou as conquistas na campanha contra a pobreza extrema no país asiático, embora tenha garantido que "ainda há um caminho a percorrer".

Xi Jinping também se referiu ao exército e à polícia e ao trabalho efetuado pelas forças de segurança em situações de catástrofes, especialmente durante as inundações na província central de Henan, que mataram mais de 300 pessoas no verão passado.

O chefe de Estado chinês, que não sai do país há quase dois anos, disse ainda que nas reuniões por videoconferência que manteve com líderes estrangeiros recebeu "elogios" pela contribuição da China na luta contra a pandemia de covid-19, referindo igualmente a contribuição do país asiático de "2.000 milhões de doses de vacinas para mais de 120 países e organizações internacionais".

Além disso, garantiu que o país está "preparado" para receber os Jogos Olímpicos de Inverno 2022 em Pequim, evento que terá início em fevereiro na capital chinesa e que conta, até à data, com um boicote diplomático de vários países, como é o caso dos Estados Unidos.

Xi Jinping enfrentará um 2022 desafiador, nomeadamente na gestão da desaceleração económica chinesa e no 20.º Congresso do Partido Comunista no outono, quando poderá iniciar um terceiro mandato, algo sem precedentes entre os seus antecessores nas últimas décadas.