O deputado Carlos Fernandes não gostou de ouvir que a candidatura do PS reafirmar mantém apoio às comunidades e aos regressados indicando ser uma área na qual os socialistas eleitos pela Madeira e pelo círculo da Emigração "se têm empenhado fortemente". O social-democrata acusa de "pouca vergonha falar nos apoios aos madeirenses e lusodescendentes regressados da Venezuela".

"Não podemos esquecer que foi este Partido Socialista que nunca transferiu um cêntimo para o investimento que a Região teve que fazer na saúde das pessoas que regressaram da Venezuela, que desde 2018 foi prometido no orçamento do estado e que nunca chegou a se concretizar", contra-ataca.

Prosseguindo: "Foi este Partido Socialista que criou o Programa Regressar, que no que diz respeito à comparticipação dos gastos das viagens e apoio ao emprego deixou de fora as regiões autónomas, discriminando por completo os Madeirenses e descendentes que querem regressar", contrariamente o que alegou Marta Freitas enumerando, por exemplo, "a isenção de 50% do IRS sobre o salário para jovens emigrantes que queiram regressar, que estava previsto ter continuidade (com efeitos retroativos) no Orçamento de Estado para 2022, que foi chumbado".

Ora, Fernandes lembra que falta resolver a situação dos lesados do BES e do BANIF, onde existem milhares de madeirenses e lusodescendentes. Não esquece igualmente os transportes aéreos sem que haja uma ligação directa da TAP com saída ou chegada ao aeroporto Cristiano Ronaldo não se importando de "cobrar passagens a 850 e 1.100 euros de Caracas a Lisboa, aproveitando-se de um momento de dificuldade". E acrescenta: "Eram portugueses, maioritariamente Madeirenses, que ainda tiveram que pagar entre 350 a 550 euros pelas passagens de Lisboa a Madeira em voos de repatriamento".

O parlamentar finaliza ironizando que "é este o apoio que o Partido Socialista tem dado às nossas comunidades nos últimos anos. Com este ‘cadastro’ estamos conversados".