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Trabalhadores da CGD em greve hoje e amanhã contra proposta "insultuosa" de actualização salarial

A CGD, liderada por Paulo Macedo (em primeiro plano), fez uma proposta de aumento salarial de 0,4%.   Foto ANDRÉ KOSTERS/LUSA
A CGD, liderada por Paulo Macedo (em primeiro plano), fez uma proposta de aumento salarial de 0,4%.   Foto ANDRÉ KOSTERS/LUSA

Os trabalhadores da CGD estão em greve hoje e sexta-feira contra a proposta de atualização salarial feita pela administração do banco, num protesto convocado pelo Sindicato de Trabalhadores das Empresas do grupo CGD (STEC).

Também hoje de manhã haverá uma concentração de trabalhadores frente à sede do banco, em Lisboa, às 12:00, a qual contará com a presença da secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha.

Os trabalhadores do Grupo CGD defendem um aumento justo dos salários, considerando a "proposta de aumento salarial de cerca de 0,4% insultuosa e vergonhosa", segundo o STEC.

O STEC acusa a administração da CGD de uma postura de "total sobranceria, intransigência e desrespeito para com os trabalhadores", sublinhando que "esteve desde o início deste processo com total responsabilidade e disponibilidade para negociar, mas não pode aceitar a desconsideração reiterada da gestão sobre os trabalhadores da CGD".

O sindicato diz que, entre 2020 e os primeiros nove meses de 2021, a CGD teve um resultado próximo dos 1.000 milhões de euros e entregou ao Estado um dividendo extra de 300 milhões de euros, o que - afirma - foi conseguido com o "trabalho, empenho e dedicação de todos os trabalhadores".

Contudo, acrescenta, "para a administração da CGD esse trabalho vale a miserável recompensa de 0,4% de aumento salarial", um valor abaixo da inflação prevista para 2021, o que significa que trabalhadores continuarão a perder poder de compra.

Para o STEC, a questão salarial soma-se "a contínua deterioração e degradação das condições de trabalho e ao facto grave e perigoso da CGD não cumprir com o horário de trabalho legalmente estabelecido" e acusa a administração da CGD de não pugnar pelo diálogo e pela paz social na empresa.

Em 07 de dezembro, o STEC convocou uma greve à prestação de trabalho suplementar entre as 00:00 de 13 de dezembro e as 24:00 de 14 de janeiro de 2022.