Frota de porta-aviões dos EUA que seguia para Médio Oriente fica no Mediterrâneo
O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, ordenou que a frota de um porta-aviões da marinha permaneça na região do Mar Mediterrâneo, em vez de seguir para o Médio Oriente, anunciou hoje um responsável daquele departamento.
A decisão surge no momento em que crescem as preocupações com a concentração de milhares de tropas russas perto da fronteira com a Ucrânia e a mesma fonte indicou à AP que a mudança de planos do USS Harry S. Truman e dos cinco navios de guerra que o escoltam reflete a necessidade de uma presença persistente na Europa.
De acordo com o mesmo responsável, que pediu anonimato, é necessário tranquilizar os aliados e parceiros dos EUA na região.
Os EUA e os aliados ocidentais têm observado com preocupação o aumento de tropas russas perto da fronteira com a Ucrânia, para perto de 100 mil militares, pela possibilidade de Moscovo se estar a preparar para invadir o país-vizinho.
A Rússia anexou a península ucraniana da Crimeia em 2014 e, pouco depois, apoiou uma rebelião separatista no Leste do país.
Nos últimos sete anos, os confrontos já mataram mais de 14 mil pessoas e devastaram a região de Donbas, vista como o coração industrial da Ucrânia.
A Rússia negou qualquer intenção de lançar uma nova invasão e, em vez disso, acusou a Ucrânia de tentar usar a força para recuperar os territórios sob controlo dos rebeldes apoiados por Moscovo, acusação prontamente refutada pela Ucrânia.
A frota liderada pelo USS Harry S. Truman, agora estacionada no Mediterrâneo, inclui cinco navios norte-americanos e também uma fragata da Marinha Real da Noruega.
Partiu do seu porto de base em Norfolk, na Virgínia, em 01 de dezembro e entrou no Mediterrâneo em 14 do mesmo mês, numa altura em que se encontrava em trânsito para o Médio Oriente.