China investiga Turkish Airlines por cobrar preços exorbitantes
A China está a investigar a companhia aérea Turkish Airlines por alegadamente cobrar mais de 200.000 yuans (27.700 euros) em viagens entre Istambul e Guangzhou (sul) em classe económica, noticiou hoje um portal de notícias empresariais chinês.
De acordo com o portal Yicai, a Administração da Aviação Civil da China (CAAC, na sigla em inglês) vai atentar determinar se a companhia de bandeira da Turquia violou as leis chinesas e os acordos bilaterais.
O valor dos preços dos bilhetes de avião entre a China e a Turquia tem de ser aprovado por ambos os governos, em conformidade com um acordo assinado entre os dois países, segundo a CAAC.
O Yicai noticiou também que a companhia turca está a cobrar mais de 250.000 yuans (34.600 euros) por bilhetes em classe executiva nas ligações entre Istambul e Guangzhou, a capital da província de Guangdong, adjacente a Macau.
Antes da pandemia de covid-19, a Turkish Airlines cobrava cerca de 13.000 yuan (1.800 euros) pelos voos entre Londres e Xangai, refere o portal chinês, citado pela agência de notícias espanhola EFE.
A China fechou quase por completo as suas fronteiras em março de 2020, face à propagação internacional do vírus da covid-19, e, desde então, reduziu significativamente o número de licenças para voos internacionais para o país.
A CAAC anunciou em outubro que, até março de 2022, permitirá apenas 408 voos do estrangeiro por semana, um decréscimo de mais de 36% em relação à época de verão.
Neste momento, de acordo com dados oficiais, a China só autoriza cerca de 2,2% do número total de voos internacionais com origem ou destino no país antes da pandemia.
Estas restrições traduziram-se em aumentos significativos nos preços dos bilhetes, o que, somado a uma quarentena obrigatória de cerca de três semanas -- oito em algumas cidades - significou grandes dificuldades para a chegada à China de pessoas vindas do estrangeiro.
A covid-19 matou mais de 5,4 milhões de pessoas em todo o mundo desde que o vírus que provoca a doença respiratória foi detetado pela primeira vez no final de 2019, numa cidade do centro da China.
A China regista pouco mais de 101.000 casos de infeção e cerca de 4.600 mortes por covid-19.