País

Vistos 'gold' geraram 241 empregos em nove anos de programa

None

Nos nove anos do programa de captação de investimento vistos 'gold' foram criados 241 empregos, mediante o critério de criação de postos de trabalho, de acordo com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

O programa de Autorização de Residência para Atividade de Investimento (ARI) arrancou em outubro de 2012 e um dos critérios de concessão de vistos é a criação de postos de trabalho.

Questionado pela Lusa, o SEF adiantou que, "ao longo dos seus nove anos de vigência, foram criados 241 postos de trabalho".

Lisboa foi a área onde foram criados mais postos de trabalho, de acordo com aquele critério, em termos acumulados, num total de 86.

Por origem de investimento, a Ucrânia foi responsável por 11 postos de trabalho na área da consultoria e programação informática, a Argélia por 10 na área de comércio, importação/exportação, prestação de serviços, e o Iraque por outros 10 no que respeita a conceber e ministrar cursos de formação profissional na área de Lisboa.

O investimento sírio na área de apoio à educação e outras atividades educativas foi responsável por 11 empregos em Lisboa, o Brasil por 32 - 10 na construção civil, 10 no comércio a retalho de relógios e artigos de ourivesaria e joalharia e outros 12 no mesmo setor.

Já Marrocos foi responsável pela criação de 12 postos de trabalho na distribuição de produtos de telecomunicações, desenvolvimento e investigação de soluções tecnológicas e numéricas.

O Fundão recebeu dois investimentos do Líbano, que criaram no total 16 empregos, na área do transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros, organização de atividades de animação turística e outros transportes terrestres de passageiros diversos.

Em Águeda foram criados 20 empregos, em dois investimentos oriundos da Argélia, ambos no setor da concessão de máquinas, aparelhos e instalações industriais.

Setúbal captou investimento do México, Turquia e Rússia, num total de 36 postos de trabalho criados.

O investimento mexicano foi na área prestação de serviços agrícolas, num total de 10 empregos, o de origem turca criou 15 na área da montagem de estruturas metálicas, metalomecânica e eletricidade e o russo 11 na hotelaria e restauração.

Em Paredes foram criados 33 postos de trabalho na indústria têxtil, no âmbito de um investimento oriundo das Filipas, e em Portimão 20 na área da informática, proveniente do Canadá.

Viana do Castelo recebeu investimento do Sudão na área dos serviços, que foi responsável por 10 empregos, os mesmos postos criados no Porto na área da comercialização a retalho de equipamentos de telecomunicações em estabelecimentos para o efeito, de origem israelita.

Por último, Cascais angariou um investimento dos Estados Unidos em atividades de consultoria em informática, que criou 10 postos de trabalho.

Desde que o programa de concessão de ARI foi lançado, em outubro de 2012, até ao mês passado, foram captados por via deste instrumento 6.057.663.503,19 euros.

Desde montante, a maior parte corresponde à compra de bens imóveis, que soma até novembro 5.471.573.948,60 euros, sendo que a aquisição para reabilitação urbana totaliza 350.507.722,90 euros.

O investimento resultante da transferência de capitais é de 586.089.554,59 euros.

Desde a criação deste instrumento, que visa a captação de investimento estrangeiro, foram atribuídos 10.170 ARI: dois em 2012, 494 em 2013, 1.526 em 2014, 766 em 2015, 1.414 em 2016, 1.351 em 2017, 1.409 em 2018, 1.245 em 2019, 1.182 em 2020 e 781 em 2021.

Em mais de nove anos foram atribuídos 9.514 vistos por via de compra de imóveis, dos quais 974 tendo em vista a reabilitação urbana.

Por requisito da transferência de capital, os vistos concedidos totalizam 636 e 20 por criação de postos de trabalho.

Desde o início do programa foram atribuídas 17.014 autorizações de residência a familiares reagrupados, das quais 1.073 este ano.