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EUA repatria 39 migrantes cubanos interceptados no mar

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A Guarda Costeira dos Estados Unidos repatriou hoje 29 migrantes cubanos detidos esta semana depois de terem sido intercetados enquanto viajavam em "frágeis embarcações" ao largo das Florida Keys, anunciaram as autoridades.

A tripulação da Guarda Costeira Raymond Evan repatriou os 39 cubanos depois de serem detidos "devido a preocupações com a segurança da vida no mar", sublinharam as autoridades, em comunicado.

"A Guarda Costeira mantém uma presença sólida no Estreito da Florida, Passagem de Windward e Passagem de Monta com recursos terrestres e aéreos", disse o tenente Paul Puddington, no comunicado.

"Continuaremos a dar alta prioridade às patrulhas no mar para prevenir a migração ilegal, salvar vidas retirando os migrantes de ambientes inseguros e dissuadir atividades ilegais perigosas", acrescentou.

Entretanto, os media locais noticiaram hoje a chegada de cerca de meia centena de migrantes na costa do sul da Florida.

Segundo o diário Miami Herald, mais 50 migrantes desembarcaram, desconhecendo-se as suas nacionalidades, que aponta que o grupo incluía quatro crianças e cerca de 15 pessoas que precisaram de ser vistas por médico.

Desde o passado 01 de outubro, as tripulações da Guarda Costeira intercetaram 462 cubanos face aos 5.396 migrantes do mesmo país no ano fiscal 2016, 1.468 wm 2017 e 259 no ano fiscal de 2018.

Em 2019 foram intercetados no mar 313 cubanos, enquanto em 2020 foram contabilizados 49 e neste ano o número subiu para 838.

Uma vez a bordo de um barco da entidade federal, todos os migrantes recebem comida, água, equipamento para minimizar a exposição potencial a qualquer eventual caso de covid-19 e atenção médica básica, indicou a entidade.

O Governo norte-americano tem insistido que "lançar-se ao mar em embarcações que não são adequadas é ilegal e extremamente perigoso".

A porta de entrada de cubanos sem permissão legal nos Estados Unidos esteve aberta até 12 de janeiro de 2017, quando o então presidente Barack Obama lhes retirou os benefícios migratórios ao cancelar a ordem executiva da política de "pés secos/pés molhados".

Desde então, os cubanos que entram ilegalmente nos Estados Unidos não têm autorização de residência temporária e, se solicitarem asilo político, deverão fazê-lo nas mesmas condições que os demais imigrantes.