Meditações para as noites de Natal
Que 2022 nos traga entendimento entre políticos casmurros porque a população não tem culpa das birras dos partidos
As longas e frias noites de Natal convida a sonhos, divagações, fantasia e meditações e como o Sr. Presidente do G.Regional nos pede também espírito crítico, façamos-lhe a vontade.
1 Começo esta última “Opinião” do ano com uma fantasia que há muitos anos me intriga: Miguel Albuquerque, arrogante e repetidamente, apregoa aos quatro ventos que a esquerda de Lisboa não sabe governar e todos os males proveem da sua governação. A equação é simples e de fácil constatação: O Psd-m, que se intitula de direita e há 46 anos no poder, em que é que melhorou a vida dos madeirenses em comparação com os continentais? A Madeira continua no topo das regiões mais pobres com 84.000 almas (33%) em risco de pobreza. Não estará Albuquerque e o seu Psd-m a vender uma ilusão aos madeirenses?
2 Sem dúvida que um sonho feliz do fim de 2021 foi o anúncio de que a companhia aérea de baixo custo – a ver vamos - Ryanair iria estabelecer uma base na Madeira o que, supostamente, trará preços mais acessíveis entre o continente e a Madeira o que facilitaria o turismo continental a fazer férias na Região e permitiria que os nossos familiares a residir no Continente não tenham que pagar 800 euros para vir à Madeira. Tudo isto em teoria porque na prática todos nos lembramos de quando a Easyjet e a Transávia eram também “low cost” mas os preços escandalosos praticados pela Tap despertou-lhes o apetite pelo “high cost” e hoje praticam preços entre o Continente e a Madeira que nada têm de low cost. Esperemos que agora a Ryanair não se agarre, também, à mama dos subsídios e entre no high cost. Outra coisa que não entendo é que a nossa companhia de bandeira, permita que a Binter, explore a linha entre Madeira e Porto Santo por mais de 5 milhões de euros. Então se é negócio rentável para a Binter não o é para a TAP? Também para um comum mortal é difícil compreender que a TAP, integrando 95% do capital do Estado, e agora em reestruturação, não decrete uma linha doméstica entre a Madeira e os Açores e poupava aproximadamente 80 milhões anuais para subsidiar estas linhas. Os governos da Madeira e da República devem uma explicação aos madeirenses. Talvez por má gestão da TAP a Easyjet lhe esteja a “passar a perna.
3 Para meditação temos que o G. Regional dispensa os textos antigénio na origem aos passageiros que desembarcam no aeroporto da Madeira, como fazem outros países, e suporta todos os custos inerentes a esses testes. Ou é para estar sempre no contra ou já somos a famigerada Singapura do Atlântico a nadar em dinheiro. A verdade é que dívida da Região subiu mais 485 milhões este ano e, não tarda nada, estamos com um novo PAEF ou PAEL às costas. O dinheiro esbanjado não é do G.Regional, é de todos nós.
4 Seguindo a mesma linha de raciocínio atentemos o quanto as populações são enganadas e prejudicadas no seu bem estar pelos partidos políticos e seus agentes só porque as decisões são sempre tomadas pensando nos votos em prol da cor política do partido que representam e nunca com o sentido de melhorar as precárias condições de vida do povo: Albuquerque defende, agora, maior proximidade aérea e marítima entre os Açores e a Madeira, porém, em 45 anos, ele, o seu antecessor e um que dizia que os açorianos nem tinham máquina de lavar, andaram de costas voltadas porque os governos, simplesmente, eram de cor política diferente. Com atitudes destas só demonstram que querem obrigar a população a votar sempre no seu partido. É assim que se intitulam democratas? É assim que defendem a sua Região? É assim que querem que as pessoas acreditem na política e nos políticos?
5 Os responsáveis pela vacina da Pfaizer já falam numa possível inoculação da 4ª dose. Isto significa que vamos levar 4 “picas” anuais? A ciência, hoje, tão avançada não consegue aperfeiçoar a vacina à medida que vão aparecendo novas estirpes? Após dois anos deste maldito vírus ainda não se descobriu um medicamento que o combata? Não sou negacionista e até apanhei as duas doses mas já me leva a desconfiar que isto é mesmo um “negócio da China” para os laboratórios venderem vacinas. Entretanto cuidem-se, porque só existe uma certeza: doa a quem doer, morra quem morrer a economia não se compadece e não vai voltar a parar.
6 Preparamos a despedida de 2021 que não nos vai deixar saudade, quiçá, tristes recordações Que 2022 nos traga entendimento entre políticos casmurros porque a população não tem culpa das birras dos partidos. Feliz e santo Natal para todos os trabalhadores do DN, TSF, colaboradores desta página “opinião”, madeirenses e portosantenses, e um melhor ano 2022.