A nossa justiça
O sistema judiciário é a instituição em que os portugueses confiam menos. É urgente repor a credibilidade. Há razões mais que suficientes para asseverar que a justiça deveria ser célere no combate à corrupção e ao enriquecimento ilícito e a tudo que lhe diz respeito, em vez de uma justiça obesa, onde tudo se prolonga no tempo.
A persistir a falta de meios humanos e tecnológicos a investigação à corrupção continuará a ser muito complicada. Em Portugal esta situação é permanente.
Quem nos tem governado e a própria Assembleia da República, por incapacidade, inércia política ou por interesses obscuros andam há anos a empurrar este problema com a barriga. Atente-se nos anos que o país leva para conseguir uma lei que defina claramente um combate eficaz contra a corrupção e o enriquecimento ilícito.
As frequentes lacunas na recolha da prova em processos mais mediáticos e controversos, as famosíssimas prescrições que envolvem várias acções judiciais onde sobressaem a EDP e a constante violação do segredo de justiça, deixa-nos sem saber o que pensar e desencoraja qualquer tipo de confiança.
Os últimos acontecimentos, alguns até caricatos que envolveram o banqueiro João Rendeiro, fará despertar os responsáveis políticos, para munir os tribunais e as forças de segurança e investigação com os meios necessários para lutar contra os criminosos com eficácia e celeridade?
Carlos Oliveira