A taxa de juro no crédito à habitação na Madeira atingiu em Novembro o valor mais alto desde Fevereiro, situando-se assim nos 0,763%, um aumento de 1,87 pontos percentuais face ao mês anterior, mas ainda assim -6,15 pontos percentuais face ao valor do mesmo mês do ano passado. Os dados foram divulgados esta manhã pelo INE.

A verdade é que desde Janeiro deste ano (0,767%) que a taxa de juro para quem quer comprar casa não estava tão alta, tendo diminuído nos meses seguintes até ao mínimo de 0,695% em Setembro (o valor mais baixo da série disponível, iniciada em janeiro de 2009). Depois, em Outubro uma subida abrupta e novamente em Novembro um novo aumento, que indicia um novo ciclo de aumento deste indicador importante para o crédito à habitação.

Na prática, de um mês para o outro, a prestação total passou a custar mais 1 euro (266 euros), com a diferença a fazer-se nos juros (de 37 para 38 euros), enquanto que o capital amortizado ficou inalterado (226 euros).

Em termos de capital em dívida, cada pessoa com crédito à habitação deve à banca 59.452 euros. São mais 0,3% do que em Outubro, ou seja um aumento de 175 euros na dívida.

Comparativamente aos Açores (0,728%), quem compra casa na Madeira continua a pagar taxas de juro mais altas, mas mais baixas face ao continente (0,809%). Contudo, a prestação no arquipélago vizinho situa-se nos 218 euros (cerca de 18% abaixo da Madeira) e em Portugal continental é de 252 euros (-5,27%).

Isto porque, historicamente, as pessoas que recorrem ao crédito à habitação na Região têm um capital em dívida superior, tanto aos Açores (51.019 euros ou menos 8.433 euros) como ao continente (58.197 euros ou menos 1.255 euros), uma diferença que, contudo, vem sendo esbatida nos últimos anos.